A discussão, embora ainda pouco profunda, continua. Ontem João Ferreira do Amaral explanava no Jornal Público as razões que, na sua perspectiva, justificariam a saída de Portugal do Euro, designadamente em matéria de crescimento económico da última década. Hoje, no mesmo jornal, Guilherme d'Oliveira Martins, Presidente do Tribunal de Contas afirmou que a saída do euro condenaria o país à irrrelevância e à mediocridade . Recorde-se que Guilherme d'Oliveira Martins foi ministro das Finanças em 2002. Saúda-se o jornal em questão por proporcionar aos seus leitores visões diametralmente opostas sobre um assunto que não é, na minha perspectiva, suficientemente discutido e quando o é a forma nem sempre é a melhor. Existe a possibilidade de Portugal sair do euro. Não me parece que será essa a escolha do país, mas por razões alheias à nossa vontade, a saída do euro pode de facto acontecer. Consequentemente, devermos discutir serenamente essa possibilidade, sem ceder a medos ...
Para a construção de uma sociedade justa e funcional é necessário que a política e que os políticos se centrem na consolidação de três elementos: a protecção do ambiente, o bem-estar social com a necessária eficácia económica e a salvaguarda do Estado democrático. No entanto, estamos a falhar clamorosamente o primeiro objectivo, o que faz com tudo o resto seja inexoravelmente sem importância.