Na passada sexta-feira saiu da cimeira entre Estados-membros da União Europeia um acordo de natureza intergovernamental, sem o consenso alargado que se almejava. As medidas que resultaram do consenso possível têm implicações sérias no funcionamento das economias dos vários países que compõem, em particular a Zona Euro. Será necessário mexer nas constituições dos países e, em alguns casos, as mudanças terão de passar pelo crivo dos cidadãos.
E será neste particular que os problemas vão surgir. À parte do falhanço da cimeira - o que parece reunir consenso -, sobram as dúvidas quanto à aprovação efectiva dessas medidas. A palavra referendo assusta, como assustou no passado em relação à Grécia, assim como a mais do que provável mudança política em alguns países também poderá causar alguns sobressaltos. Senão vejamos: Sarkozy, no que diz respeito à sua reeleição, têm a vida complicada. O candidato socialista François Hollande afirmou que caso seja eleito vai renegociar o tal acordo de 26 países. Pretende ver nesse acordo o BCE, as eurobonds, o crescimento económico. De facto, nada disso faz parte do caderno de encargos imposto pela Alemanha - o mesmo que começa com austeridade e termina com austeridade e pobreza.
A democracia pode voltar a servir de empecilho ao consenso em torno da Alemanha que, até agora, tem contado com a França. Mas como será se o cenário político em França se alterar e no lugar de Sarkozy tivermos alguém que não se reveja na ortodoxia da Alemanha?
A democracia que tem saído enfraquecida desta crise já provou ser um empecilho - veja-se o caso escandaloso do referende grego e até a queda do governo italiano -, e chegará o dia em que a democracia na sua forma puramente representativa colocará novos entraves à expansão económica alemã. 2012 também é ano de eleições em França.
E será neste particular que os problemas vão surgir. À parte do falhanço da cimeira - o que parece reunir consenso -, sobram as dúvidas quanto à aprovação efectiva dessas medidas. A palavra referendo assusta, como assustou no passado em relação à Grécia, assim como a mais do que provável mudança política em alguns países também poderá causar alguns sobressaltos. Senão vejamos: Sarkozy, no que diz respeito à sua reeleição, têm a vida complicada. O candidato socialista François Hollande afirmou que caso seja eleito vai renegociar o tal acordo de 26 países. Pretende ver nesse acordo o BCE, as eurobonds, o crescimento económico. De facto, nada disso faz parte do caderno de encargos imposto pela Alemanha - o mesmo que começa com austeridade e termina com austeridade e pobreza.
A democracia pode voltar a servir de empecilho ao consenso em torno da Alemanha que, até agora, tem contado com a França. Mas como será se o cenário político em França se alterar e no lugar de Sarkozy tivermos alguém que não se reveja na ortodoxia da Alemanha?
A democracia que tem saído enfraquecida desta crise já provou ser um empecilho - veja-se o caso escandaloso do referende grego e até a queda do governo italiano -, e chegará o dia em que a democracia na sua forma puramente representativa colocará novos entraves à expansão económica alemã. 2012 também é ano de eleições em França.
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