A discussão, embora ainda pouco profunda, continua. Ontem João Ferreira do Amaral explanava no Jornal Público as razões que, na sua perspectiva, justificariam a saída de Portugal do Euro, designadamente em matéria de crescimento económico da última década. Hoje, no mesmo jornal, Guilherme d'Oliveira Martins, Presidente do Tribunal de Contas afirmou que a saída do euro condenaria o país à irrrelevância e à mediocridade. Recorde-se que Guilherme d'Oliveira Martins foi ministro das Finanças em 2002.
Saúda-se o jornal em questão por proporcionar aos seus leitores visões diametralmente opostas sobre um assunto que não é, na minha perspectiva, suficientemente discutido e quando o é a forma nem sempre é a melhor.
Existe a possibilidade de Portugal sair do euro. Não me parece que será essa a escolha do país, mas por razões alheias à nossa vontade, a saída do euro pode de facto acontecer. Consequentemente, devermos discutir serenamente essa possibilidade, sem ceder a medos e ao pânico que não naturalmente bons conselheiros.
Contrariamente à opinião hoje no jornal, não vejo a entrada na Zona Euro como sendo assim tão benéfica para o país. Mas reconheço que uma saída, em particular desordenada, teria consequências imprevisíveis.
O que me parece mais evidente é o falhanço de toda a arquitectura da moeda única e o não reconhecimento de uma Europa ideologicamente cega. No caso português a cegueira ideológica juntou-se à habitual subserviência fazendo uma rica parelha. Por enquanto vive-se, também fruto da época festiva, um período de aparente acalmia. 2012 começa, no entanto, com problemas italianos a se evidenciarem, com o pagamento de um valor incomensurável de dívida.
Repito que não creio que seja desejo dos Portugueses a saída do Euro, mas essa possibilidade existe e se se concretizar a nossa opinião valerá aquilo que sempre valeu: nada.
Assim, deve discutir-se esse cenário de saída da moeda única, por muito dolorosa que aparentemente seja.
Saúda-se o jornal em questão por proporcionar aos seus leitores visões diametralmente opostas sobre um assunto que não é, na minha perspectiva, suficientemente discutido e quando o é a forma nem sempre é a melhor.
Existe a possibilidade de Portugal sair do euro. Não me parece que será essa a escolha do país, mas por razões alheias à nossa vontade, a saída do euro pode de facto acontecer. Consequentemente, devermos discutir serenamente essa possibilidade, sem ceder a medos e ao pânico que não naturalmente bons conselheiros.
Contrariamente à opinião hoje no jornal, não vejo a entrada na Zona Euro como sendo assim tão benéfica para o país. Mas reconheço que uma saída, em particular desordenada, teria consequências imprevisíveis.
O que me parece mais evidente é o falhanço de toda a arquitectura da moeda única e o não reconhecimento de uma Europa ideologicamente cega. No caso português a cegueira ideológica juntou-se à habitual subserviência fazendo uma rica parelha. Por enquanto vive-se, também fruto da época festiva, um período de aparente acalmia. 2012 começa, no entanto, com problemas italianos a se evidenciarem, com o pagamento de um valor incomensurável de dívida.
Repito que não creio que seja desejo dos Portugueses a saída do Euro, mas essa possibilidade existe e se se concretizar a nossa opinião valerá aquilo que sempre valeu: nada.
Assim, deve discutir-se esse cenário de saída da moeda única, por muito dolorosa que aparentemente seja.
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