O primeiro-ministro de Portugal sugeriu que os professores desempregados emigrassem. As reacções não se fizeram esperar, e esta é apenas mais uma delas.
Recorde-se que o primeiro-ministro não é o primeiro membro deste Governo a sugerir a emigração, já antes um putativo membro do Executivo sugeriu aos jovens portugueses saírem da sua zona de conforto e emigrarem.
É lamentável que um primeiro ministro de qualquer país apresente como solução, em particular para os seus jovens a emigração. Seria interessante saber se o próprio Passos Coelho estaria na disposição de deixar o país. É fácil apresentar esta solução para os outros, como se o facto do país ter a tradição da emigração fosse suficiente para que qualquer português tenha essa capacidade: deixar amiúde a família, os amigos - a tal zona de conforto?
Esta sugestão é sintomática de uma governação sem horizontes, sem futuro. Passos Coelho e o seu séquito têm sido pródigos em roubar qualquer laivo de esperança aos cidadãos, mas parece-me que sugerir que se abandone o país é ir longe de mais.
Dir-me-ão que é a realidade, que estes professores não encontrarão colocação nos próximos anos. Por conseguinte, está fora de questão aproveitar estes recursos humanos dotados de formação superior para desempenhar outras funções? Com efeito, é mais fácil que emigrem. De resto, o país nunca soube aproveitar os recursos que forma. Criou-se a ideia de quem tira um curso superior só pode desempenhar um limitado conjunto de funções da área em questão. Trata-se de um erro. Essa formação superior deveria ser aproveitada, o país só teria a ganhar com isso. Infelizmente, num país a saque, não há projectos de futuro e não há, como o Governo faz questão de sublinhar, lugar para todos.
Recorde-se que o primeiro-ministro não é o primeiro membro deste Governo a sugerir a emigração, já antes um putativo membro do Executivo sugeriu aos jovens portugueses saírem da sua zona de conforto e emigrarem.
É lamentável que um primeiro ministro de qualquer país apresente como solução, em particular para os seus jovens a emigração. Seria interessante saber se o próprio Passos Coelho estaria na disposição de deixar o país. É fácil apresentar esta solução para os outros, como se o facto do país ter a tradição da emigração fosse suficiente para que qualquer português tenha essa capacidade: deixar amiúde a família, os amigos - a tal zona de conforto?
Esta sugestão é sintomática de uma governação sem horizontes, sem futuro. Passos Coelho e o seu séquito têm sido pródigos em roubar qualquer laivo de esperança aos cidadãos, mas parece-me que sugerir que se abandone o país é ir longe de mais.
Dir-me-ão que é a realidade, que estes professores não encontrarão colocação nos próximos anos. Por conseguinte, está fora de questão aproveitar estes recursos humanos dotados de formação superior para desempenhar outras funções? Com efeito, é mais fácil que emigrem. De resto, o país nunca soube aproveitar os recursos que forma. Criou-se a ideia de quem tira um curso superior só pode desempenhar um limitado conjunto de funções da área em questão. Trata-se de um erro. Essa formação superior deveria ser aproveitada, o país só teria a ganhar com isso. Infelizmente, num país a saque, não há projectos de futuro e não há, como o Governo faz questão de sublinhar, lugar para todos.
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