O PSOE, representante máximo do socialismo democrático em Espanha, encontra-se a caminho do abismo, depois de uma debandada de membros da Comissão Executiva. A razão, pelo menos aquela mais óbvia, prende-se com a incapacidade do partido em encontrar soluções que permitissem desatar o nó que parece cada vez mais apertado: o impasse político continua, avizinhando-se novo período eleitoral. E por falar em período eleitoral, o PSOE tem obtido resultados negativos nos períodos eleitorais mais recentes. O impasse é seguramente uma razão de peso a justificar a fragmentação do partido, mas a história do PSOE começa a parecer-se com a história de outros partidos socialistas um pouco por toda a Europa - uma história de traição aos seus próprios valores. Salvo raras excepções - onde se pode incluir o PS português liderado por António Costa - o socialismo por toda a Europa rendeu-se aos encantos dos mercados liberalizados, às malogradas terceiras vias e afins. Pelo caminho o socialismo foi fica...
Para a construção de uma sociedade justa e funcional é necessário que a política e que os políticos se centrem na consolidação de três elementos: a protecção do ambiente, o bem-estar social com a necessária eficácia económica e a salvaguarda do Estado democrático. No entanto, estamos a falhar clamorosamente o primeiro objectivo, o que faz com tudo o resto seja inexoravelmente sem importância.