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Uma semana repleta de peripécias

Podemos considerar que a última semana foi repleta de peripécias: o livro de José António Saraiva, "Eu e os Políticos", o regresso de Sócrates e por aqui ficamos... é suficientemente profuso; é suficientemente negativo.
Sobre o primeiro pouco posso dizer, desde logo pela manifesta dificuldade em abrir o livro, o que, no meu caso, é situação inaudita. Talvez ainda o faça por imperativos da própria crítica: não a posso fazer sem conhecimento de causa. Contrariamente a outros que aceitam convites de apresentação sem fazerem ideia do que vão apresentar. Todavia, e por aquilo que já se conhece do livro, a coscuvilhice é a prata da casa, provocando um desconforto generalizado. Paralelamente, comparar a mera coscuvilhice a casos como o "wikileaks" é, no mínimo, risível.
E depois José Sócrates, apenas dizer que depois do que se passou nos últimos anos, o país não precisa de um regresso de José Sócrates.
Agora inicia-se uma nova semana. A ver vamos se com menos peripécias como aquelas acima enunciadas. Na verdade, nada indica que será melhor, até porque hoje o mundo assiste ao debate - arrisco desde já o adjectivo "surreal" - entre Hillary Clinton e Donald Trump. A semana promete.Podemos considerar que a última semana foi repleta de peripécias: o livro de José António Saraiva, "Eu e os Políticos", o regresso de Sócrates e por aqui ficamos... é suficientemente profuso; é suficientemente negativo.
Sobre o primeiro pouco posso dizer, desde logo pela manifesta dificuldade em abrir o livro, o que, no meu caso, é situação inaudita. Talvez ainda o faça por imperativos da própria crítica: não a posso fazer sem conhecimento de causa. Contrariamente a outros que aceitam convites de apresentação sem fazerem ideia do que vão apresentar. Todavia, e por aquilo que já se conhece do livro, a coscuvilhice é a prata da casa, provocando um desconforto generalizado. Paralelamente, comparar a mera coscuvilhice a casos como o "wikileaks" é, no mínimo, risível.
E depois José Sócrates, apenas dizer que depois do que se passou nos últimos anos, o país não precisa de um regresso de José Sócrates.
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