O primeiro-ministro voltou a relembrar todo o peso da inevitabilidade. Assim, esta sumidade - não se sabe bem do quê - recorda que não há caminho mais fácil, relembra que o único caminho possível é este que estamos a percorrer. A teoria da inevitabilidade tão do agrado de neoliberais que assentam a sua ideologia em pretensas convicções económicas neoclássicas insistem até à exaustão que este é o caminho. O único. Mesmo que as evidências os contrariem. De facto, esta cegueira ideológica, que dá invariavelmente origem a um futuro promissor para os seus arautos, faz lembrar outros períodos da História marcados pelo totalitarismo. Pedro Passos Coelho é um mero executante deste género de políticas, não é um pensador. E como bom executante que é, limita-se a repetir infinitamente as mesmas ideias, esperando assim manter uma espécie de paz podre. Para o primeiro-ministro não são aceitáveis renegociações de qualquer espécie com a ditadura que tomou conta da Europa, juntamente com o...
Para a construção de uma sociedade justa e funcional é necessário que a política e que os políticos se centrem na consolidação de três elementos: a protecção do ambiente, o bem-estar social com a necessária eficácia económica e a salvaguarda do Estado democrático. No entanto, estamos a falhar clamorosamente o primeiro objectivo, o que faz com tudo o resto seja inexoravelmente sem importância.