O Presidente do BCE, Mário Draghi, afirmou que o modelo social europeu está morto. Resta saber se essa morte não virá acompanhada por uma outra: a morte da democracia. Não haverá muitas dúvidas.
É curioso que se atribuam as culpas da crise ao modelo social europeu, designadamente ao Estado Social e aos direitos dos trabalhadores e se deixe de fora da equação a voracidade da finança que subjaz à crise que assola parte do mundo, muito em especial a Europa. Crise essa que aparece invariavelmente dissociada da tal voracidade e associada aos pretensos excessos dos Estados mais periféricos e das suas populações. Ninguém parece interessado em saber quanto é que países como a Alemanha e a Holanda, por exemplo, têm lucrado com esta crise.
A culpa é do Estado Social cujo funeral estes iluminados como é o caso de Draghi (por cá também os temos, infelizmente no Governo), se preparam para fazer.
Os cidadãos esses, pelo uma parte significativa, prefere resignar-se e penitenciar-se pelo mau comportamento que tantos especialistas, comentadores, políticos e afins dizem ter sido responsável pela falência dos Estados.
Por outro lado, a complexidade destas matérias inviabiliza uma compreensão mais aprofundada das causas da crise que adquire várias formas e redunda invariavelmente no retrocesso social.
Vivemos tempos em que o neoliberalismo responsável pela crise (esta e outras no passado) é dominante. Cá como lá (em particular na Europa) a resignação e a aceitação são os alicerces do sucesso do neoliberalismo. A falência do modelo social europeu - ou a sua morte como diz Draghi - é apenas uma consequência da ditadura da inevitabilidade que nos atinge diariamente e contra a qual poucos de nós lutamos.
É curioso que se atribuam as culpas da crise ao modelo social europeu, designadamente ao Estado Social e aos direitos dos trabalhadores e se deixe de fora da equação a voracidade da finança que subjaz à crise que assola parte do mundo, muito em especial a Europa. Crise essa que aparece invariavelmente dissociada da tal voracidade e associada aos pretensos excessos dos Estados mais periféricos e das suas populações. Ninguém parece interessado em saber quanto é que países como a Alemanha e a Holanda, por exemplo, têm lucrado com esta crise.
A culpa é do Estado Social cujo funeral estes iluminados como é o caso de Draghi (por cá também os temos, infelizmente no Governo), se preparam para fazer.
Os cidadãos esses, pelo uma parte significativa, prefere resignar-se e penitenciar-se pelo mau comportamento que tantos especialistas, comentadores, políticos e afins dizem ter sido responsável pela falência dos Estados.
Por outro lado, a complexidade destas matérias inviabiliza uma compreensão mais aprofundada das causas da crise que adquire várias formas e redunda invariavelmente no retrocesso social.
Vivemos tempos em que o neoliberalismo responsável pela crise (esta e outras no passado) é dominante. Cá como lá (em particular na Europa) a resignação e a aceitação são os alicerces do sucesso do neoliberalismo. A falência do modelo social europeu - ou a sua morte como diz Draghi - é apenas uma consequência da ditadura da inevitabilidade que nos atinge diariamente e contra a qual poucos de nós lutamos.
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