Não sendo um sistema perfeito, aliás, estando longe de ser um sistema perfeito, o sistema capitalista tem vindo a tornar-se inimigo do bem-estar social da maioria, beneficiando apenas alguns privilegiados. A economia está, porquanto, cada vez menos ao serviço dos cidadãos para ser uma espécie de oráculo que nos tenta, entre profecias, que nos tenta explicar o inexplicável, que tenta levar os cidadãos a aceitar o inaceitável. Note-se que o anátema da inevitabilidade das consequências do capitalismo no actual contexto de globalização cai sobre as nossas cabeças. É a economia, estúpido! Dizem-nos. O desequilíbrio entre a voracidade do sistema e o bem-estar dos cidadãos é cada vez mais notório. E nem a crise internacional, consequência da selvajaria em que o sistema se tornou, abriu as portas às tão necessárias mudanças. Deste modo, a esquerda frustrada e ressabiada, diz-nos que o sistema faliu e não serve o interesse da maioria dos cidadãos. De facto, a esperança num regresso àquele p...