A história parece contar-se em poucas linhas: um jovem nigeriano terá tentado provocar uma explosão num avião da Delta Air Lines. Existem suspeitas que o jovem nigeriano terá ligações à Al-Qaeda. Regressa assim o fantasma do terrorismo e a discussão sobre as medidas de segurança dos aeroportos.
Terá sido por sorte e por inépcia do suspeito que não aconteceu uma tragédia. Foram imediatamente reforçadas as medidas de segurança nos aeroportos, mas a questão impõe-se: como é que foi possível que o jovem nigeriano conseguiu entrar no avião com químicos e com material explosivo?
A resposta a esta questão também nos deve fazer pensar sobre a importância de não baixar a guarda relativamente a potenciais ameaças terroristas e, apesar de também ser fundamental não ceder ao medo e continuar a viver a vida como sempre se viveu, também não se pode ignorar ou menosprezar que a ameaça terrorista não se desvaneceu. Embora os últimos anos tenham sido isentos de ataques, designadamente no Ocidente, a verdade é que o extremismo islâmico que alimenta o terrorismo está longe de ter saído enfraquecido.
O incidente do fim-de-semana passado num avião americano deve essencialmente servir para reequacionar as medidas de segurança, mas também para relembrar e reforçar a ideia de que o terrorismo não desapareceu com o 11 de Setembro, com os ataques em Espanha ou em Inglaterra.
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