Rui Rio anda perto da frase em epígrafe quando nos questiona se "já alguma vez imaginámos se em vez de um, houvesse quatro ou cinco Alberto João por esse país fora?". Os ares da Madeira provocaram uma acentuada excitação em Rui Rio, ao ponto de este não caber em si de felicidade de cada vez que tocava no nome de Alberto João Jardim. Não poupou elogios e foi ainda mais longe, sugerindo o paraíso na terra, ou melhor cinco ou seis Albertos por "esse país fora". Rui Rio aparece na liderança do PSD rodeado de uma aparente tibieza que esconde a sua veia populista à qual não será estranha um conjunto de formas endurecidas de actuação, chocando naturalmente com as boas práticas democráticas. De resto, recorde-se a relação pouco democrática de Rio com a comunicação social, enquanto Presidente da Câmara do Porto. Quem faz a apologia do caudilho multiplicado por cinco ou seis dificilmente terá futuro na democracia. Percebe-se que a vida tem andado difícil ...
Para a construção de uma sociedade justa e funcional é necessário que a política e que os políticos se centrem na consolidação de três elementos: a protecção do ambiente, o bem-estar social com a necessária eficácia económica e a salvaguarda do Estado democrático. No entanto, estamos a falhar clamorosamente o primeiro objectivo, o que faz com tudo o resto seja inexoravelmente sem importância.