O crescimento da extrema-direita na Europa, berço do
fascismo, não causa propriamente espanto. Países como a Polónia, a
Hungria, República Checa já sucumbiram à mesma e outros seguem o mesmo
caminho ou estão prestes a chegar ao mesmo destino.
É neste
contexto que o sinistro Steve Bannon se propõe construir uma fundação
para a promoção de movimentos eurocépticos de extrema-direita, com sede
em Bruxelas. O movimento, ou movimentos, terá como objectivo central o
controlo efectivo de fronteiras, um pouco na senda do que se passa nos
EUA e que acontece na Europa, mesmo desrespeitando as regras
comunitárias, como já sucede em alguns casos.
Steve Bannon não
vê mais do que uma oportunidade de expansão dessa extrema-direita no
seio da Europa. De resto, os falhanços da UE na resolução das questões
que se prendem com migrações, as participações de Estados-membros na
instabilidade criada em algumas zonas do planeta e a mais gritante
inépcia no que toca a lidar com o Presidente americano, deixarão as
portas escancaradas para os tais movimentos de extrema-direita, como de
resto já está a acontecer num continente cuja memória já teve dias
melhores. E Steve Bannon sabe que a extraordinária ascensão da
extrema-direita na Europa já está em curso, importa agora alimentá-la.
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