Herdeiro
do Sionismo, o Governo israelita reforçou durante o passado
fim-de-semana posições junto à fronteira setentrional com a Síria.
A pretexto do incremento da luta entre o regime de Bashar al-Assad e
as forças rebeldes, Israel mostra uma força mais musculada,
intensificando deste modo – e na realidade – a sua luta pela
hegemonia na região.
Recorde-se
que o Sionismo aventado no parágrafo anterior diz respeito ao
principal movimento a dar origem ao Estado hebraico, defendendo o
direito do povo judeu a regressar à Terra Santa e preconizando a
necessidade imperiosa de garantir a sobrevivência desse Estado como
forma de sobrevivência dos próprios judeus que, durante séculos,
haviam sido perseguidos.
Na
senda desse Sionismo e junto aos Montes Golã – territórios
roubados precisamente ao Estado Sírio durante a guerra dos seis dias
– o Estado hebraico mostra a sua força, tendo ainda o despudor de
evocar razões humanitárias para ajudar a justificar as
movimentações militares.
E
mais: perante a habitual passividade da comunidade internacional e
ainda perante o reforço do apoio americano – agora incondicional
como qualquer verdadeiro amor – Netanyahu vê-se livre de fazer o
que bem entender, como de resto é exemplo o que se passou em Gaza
aquando da imbecilidade americana de passar a sua embaixada para
Jerusalém: mais de 50 mortos e mais de uma centena de feridos.
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