Quando não é possível acordar de um pesadelo resta-nos a angústia
que nos perpassa de uma ponta à outra. Será provavelmente isto que
muitos sentiram quando ouviram Trump admitir a hipótese de se
recandidatar. A mera ideia e a simples possibilidade é avassaladora.
Esta
possibilidade de se recandidatar vem mais ou menos na mesma altura em
que Trump afirma que a UE, a par da China, é um dos maiores inimigos
económicos dos EUA.
Por muito que a arte da retórica nos
tenha, eventualmente, abençoado, torna-se particularmente difícil
escrever sobre a reedição deste inferno que temos vivido. Os EUA, sob a
égide de Donald Trump, são hoje menos potência do que aquele néscio
julga. E apesar desse retrocesso não seria de admirar que Trump voltasse
a vencer as eleições, premiando-se a boçalidade mais abjecta.
Mais
cinco anos de intransigência, da tal boçalidade, do obscurantismo, de
preconceitos e de um retrocesso indiscutível não será, obviamente,
benéfico para ninguém, mas servirá de material para os nossos piores
pesadelos, pegando numa ideia também ela tão americana.
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