A polémica em torno mudança de nome do edifício para Super Arena Pavilhão Rosa Mota, em vez de Pavilhão Rosa Mota Super Bock Arena levou o Presidente da Câmara do Porto a pedir para que "não me venham com complexos", enquanto refere que não vê problemas na marca de uma bebida alcoólica quando a própria cidade é conhecida pelo vinho do Porto. Rui Moreira, provavelmente de forma deliberada, deixa de lado o essencial: a mercantilização de tudo, a ideia de que tudo está à venda, sem limites. Moreira prefere fazer comparações bacocas para justificar aquilo que lhe convém, comparando um vinho da região a uma marca de cerveja. Meter no mesmo saco, mesmo como tentativa de justificar o injustificável, o conceituado vinho do Porto, único e apreciado internacionalmente, com uma marca corriqueira de cerveja é, no mínimo, ofensivo para o primeiro e enaltecedor para o segundo. Os complexos que o Presidente da Câmara do Porto não quer não são complexos nenhuns, são antes a manifestaç...
Para a construção de uma sociedade justa e funcional é necessário que a política e que os políticos se centrem na consolidação de três elementos: a protecção do ambiente, o bem-estar social com a necessária eficácia económica e a salvaguarda do Estado democrático. No entanto, estamos a falhar clamorosamente o primeiro objectivo, o que faz com tudo o resto seja inexoravelmente sem importância.