Conhecidas as escolhas de António Costa para o próximo governo, ficamos imediatamente com duas impressões: a primeira é que as escolhas mais "moderadas" que agradam ao patronato não auguram nada de bom, e sobretudo se compararmos com o que se passou na legislatura da "geringonça", e a segunda é que este é um governo mais político do que o anterior,
No entanto, houve quem alimentasse a esperança de que António Costa fosse de facto diferente e que essa diferença fosse sobretudo de natureza ideológica. Houve quem julgasse que Costa pendesse mais para a esquerda, em oposição a parte do PS que encontra no "centro", amiúde repleto de medidas de direita. Se foi Costa ou o PS a empurrar Costa, não sabemos, o que sabemos é que os partidos à sua esquerda terão que encontrar novas estratégias numa conjuntura que é forçosamente mais frágil. De resto, nem sequer sabemos se teremos um PSD à espreita do PS ou inexoravelmente contra o PS.
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