O PSD Açores, e naturalmente com a aprovação de Rui Rio, achou por bem coligar-se com o "Chega". Outros partidos como o Iniciativa Liberal (IL) e o CDS fizeram as mesmas escolhas, ainda que o primeiro corra atrás do prejuízo, sobretudo agora que a pandemia teve o condão de mostrar a importância do Estado Social que o IL tão avidamente pretende desmantelar, e o segundo se tenha transformado numa absoluta irrelevância.
Porém, é Rui Rio, o mesmo que tem cultivado aquela imagem de moderado, que considera que o "Chega" nos Açores é diferente do "Chega" nacional. Rui Rio, o moderado, considera mesmo que algumas medidas do "Chega" como a estafada redução do Rendimento Social de Inserção é um excelente medida. Alheio às características singulares da região, Rui Rio pensa que com a ajuda do "Chega" vai tirar empregos da cartola para combater a subsidiodependência de que tanto fala, justificando deste modo a normalização que está a fazer de um partido que promove a discriminação de minorias, defende a castração química, assim como recuos em matéria de aborto e casamento entre pessoas do mesmo sexo, entre outras pérolas de atropelos aos Direitos Humanos.
A ascensão do fascismo contou sempre ou com a tibieza, ou com a complacência, ou até com a participação ativa de partidos convencionais e aparentemente alinhados com a democracia. Rui Rio, o falso moderado, está a fazer do PSD mais um partido a participar ativamente na normalização de um partido de extrema-direita, mostrando que vale tudo para chegar ao poder.
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