A música dos Deolinda "Parva que sou" não tem deixado ninguém indiferente. A música chegou mesmo à discussão política, revelando a natureza cada vez menos socialista do PS, pelo menos deste PS liderado pelo inefável José Sócrates. Outros criticam a música como é o caso de alguns comentadores de pacotilha que, sentados confortavelmente nos seus gabinetes, fazem comentários sobre realidades distantes.
"Parva que sou" podia ser o desabafo de gerações que vêem o seu futuro reiteradamente hipotecado. "Parva que sou" exaspera algumas almas mais sensíveis por dizer cruamente a verdade: o trabalho, quando há, é invariavelmente precário. É precisamente a precariedade do trabalho que rouba dignidade a muitos milhares de jovens que auferem uma miséria, que desesperam pelo final do contrato e pela incerteza que esse final acarreta, que se sujeitam a tudo e mais alguma coisa para não perder o emprego, geralmente precário.
Volto a criticar o jornal "Destak", desta vez pelo artigo de opinião da Directora do Jornal que por outras palavras acredita que os jovens deveriam deixar de se queixar e passar a acção, designadamente através da aplicação dos seus conhecimentos. O que a Sra. em questão parece ter dificuldades em perceber é que essa aplicação é amiúde coarctada pelo desemprego, pelo trabalho precário, pelas vistas curtas de tantos e tantos patrões que usam e abusam do estágio profissionais, avessos a ideias novas, agarrados a um atavismo próprio do tempo da outra senhora. Recomenda-se que a Sra. Directora do Destak visite os centros de emprego e empresas que fazem dos recibos verdes e dos estágios profissionais o pão nosso de cada dia.
A Sra. Directora do Destak não se iluda: os jovens deste país estão ansiosos por aplicar os seus conhecimentos, mas é preciso que a oportunidade lhes seja dada! Que "parva que eu sou" por perder tempo a ler artigos de trazer por casa.
"Parva que sou" podia ser o desabafo de gerações que vêem o seu futuro reiteradamente hipotecado. "Parva que sou" exaspera algumas almas mais sensíveis por dizer cruamente a verdade: o trabalho, quando há, é invariavelmente precário. É precisamente a precariedade do trabalho que rouba dignidade a muitos milhares de jovens que auferem uma miséria, que desesperam pelo final do contrato e pela incerteza que esse final acarreta, que se sujeitam a tudo e mais alguma coisa para não perder o emprego, geralmente precário.
Volto a criticar o jornal "Destak", desta vez pelo artigo de opinião da Directora do Jornal que por outras palavras acredita que os jovens deveriam deixar de se queixar e passar a acção, designadamente através da aplicação dos seus conhecimentos. O que a Sra. em questão parece ter dificuldades em perceber é que essa aplicação é amiúde coarctada pelo desemprego, pelo trabalho precário, pelas vistas curtas de tantos e tantos patrões que usam e abusam do estágio profissionais, avessos a ideias novas, agarrados a um atavismo próprio do tempo da outra senhora. Recomenda-se que a Sra. Directora do Destak visite os centros de emprego e empresas que fazem dos recibos verdes e dos estágios profissionais o pão nosso de cada dia.
A Sra. Directora do Destak não se iluda: os jovens deste país estão ansiosos por aplicar os seus conhecimentos, mas é preciso que a oportunidade lhes seja dada! Que "parva que eu sou" por perder tempo a ler artigos de trazer por casa.
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