A discussão sobre Educação passou centrar-se exclusivamente no polémico processo de avaliação dos professores. Existe uma multiplicidade de problemas na Educação que foram obnubilados por uma avaliação dos professores que apenas mostrou a incapacidade quer do Governo, quer dos sindicatos dos professores em chegarem a algum entendimento. Pelo meio, a qualidade ensino, as elevadas taxas de abandono escolar, a artificialidade dos números que revelam melhorias incomensuráveis nos exames nacionais, o facilitismo, a crescente importância da orientação vocacional são temas que caíram no esquecimento colectivo. Existem muitas razões que justificariam um rápido desfecho para este impasse que se vive no que diz respeito à avaliação dos professores, a começar pela própria paciência dos portugueses, mas talvez a mais importante seja precisamente o espaço que esta questão ocupa, inviabilizando a discussão de outras matérias relativas à Educação e que, essas sim, seriam mais importantes. É por demais evidente que os professores são indissociáveis da educação e que a sua avaliação merece um particular relevo. Todavia, o actual Executivo adoptou, desde o início da legislatura, uma postura de promoção de antagonismos absolutamente desnecessária. Ao invés de procurar trabalhar com os principais actores educativos, acabou por cair em crispações contraproducentes. Foi assim desde o princípio da legislatura. Essa crispação acabaria invariavelmente por condicional qualquer processo de diálogo entre professores e Governo, como a discussão sobre o processo de avaliação tem demonstrado. De resto, o Governo nunca promoveu uma discussão séria sobre Educação, sublinhando que essas discussões são desnecessárias porque o que interessa é fazer. Ora, essa posição que identifica as palavras como perda de tempo e advoga a rápida aplicação de medidas esconde, amiúde, falhanços graves. Ainda hoje, passados quase quatro anos de legislatura, tem-se dificuldade em perceber que ideia é que este Governo tem para educação, para além da promoção das novas tecnologias. Infelizmente, as últimas décadas foram marcadas por indecisões, retrocessos e falta de continuidade no que diz respeito às políticas de educação. Criou-se um pouco a ideia que o imbróglio da educação resultou também de um rol infindável de discussões e de pouca acção e determinação. Hoje, e bem à moda portuguesa, deixámos radicalmente as palavras e passámos aos actos. O problema é que a rejeição das palavras e da discussão de ideias contribui para um país acrítico e inerte que vive ao sabor dos números e das estatísticas. A melhoria da educação não passa apenas pelo pragmatismo de fazer, pouco interessando se bem ou mal, nem tão-pouco passa por intransigências como o processo de avaliação que tem contribuído inexoravelmente para a deterioração da própria educação. Escusado será dizer que a situação que vivemos actualmente não está completamente desligada do enorme falhanço que constitui a Educação em Portugal.
O New York Times revelou (parte) o que Donald Trump havia escondido: o seu registo fiscal. E as revelações apenas surpreendem pelas quantias irrisórias de impostos que Trump pagou e os anos, longos anos, em que não pagou um dólar que fosse. Recorde-se que todos os presidentes americanos haviam revelado as suas declarações, apenas Trump tudo fizera para as manter sem segredo. Agora percebe-se porquê. Em 2016, ano da sua eleição, o ainda Presidente americano pagou 750 dólares em impostos, depois de declarar um manancial de prejuízos, estratégia adoptada nos tais dez anos, em quinze, em que nem sequer pagou impostos. Ora, o homem que sempre se vangloriou do seu sucesso como empresário das duas, uma: ou não teve qualquer espécie de sucesso, apesar do estilo de vida luxuoso; ou simplesmente esta foi mais uma mentira indecente, ou um conjunto de mentiras indecentes. Seja como for, cai mais uma mancha na presidência de Donald Trump que, mesmo somando indecências atrás de indecências, vai fa
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