A discussão sobre o conflito israelo-palestiniano tem vindo a ser minada por um ostensivo regresso ao passado. Discute-se qual das partes da contenda encontra maior legitimidade; quem esteve primeiro no território que se desdobra hoje em Israel e nos territórios palestinianos; quem esteve durante um maior período de tempo nesse território, a quem pertence partes isoladas da região. O problema desta discussão é que nos distancia do essencial e, além disso, a História da região é de tal maneira intrincada que se ajusta à visão que cada um tem do assunto.
Assim, os israelitas recordam a chegada das primeiras tribos hebraicas; lembram o tempo de David e Salomão e a cidade de Jerusálem como capital; evocam a ocupação Romana a consequente expulsão dos Judeus (grande diáspora). Já para não falar de conceitos mais vagos, como o da Terra Prometida. O povo palestiniano e os seus fervorosos apoiantes lembram que em 638 chegam os primeiros árabes muçulmanos e a sua permanência e domínio perduraram por séculos.
Hoje, com a incursão israelita em território palestiniano, designadamente na Faixa de Gaza, vem dar nova vida a quem olha demasiado para o passado mais remoto , tentando assim justificar um presente, em larga medida, incompreensível.
Existe, contudo, quem procure analisar os erros cometidos nos últimos anos, procurando também encontrar soluções para o problema. A propósito destas análises recomendo a leitura do artigo de Margarida Santos Lopes que pode ser encontrado no público online (http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1355479), em que são analisados alguns erros e oportunidades perdidas.
Entre estas análises, destaca-se a retirada unilateral ordenada por Ariel Sharon da Faixa de Gaza e a rejeição do actual Presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas como interlocutor e a forma como Gaza caiu nas mãos do Hamas; a hostilização do Hamas pela Administração Bush e pela comunidade internacional e as suspeições que recaiam sobre a Fatah que indiciava uma ligação forte entre este movimento e as autoridades americanas, a subida ao poder do Hamas e subsequente a que o povo de Gaza foi sujeito; as quebras sucessivas - de ambas as partes - do cessar-fogo e a possibilidade de uma vitória israelita em Gaza e destruição do Hamas poder deixar aquela região mergulhada no caos.
É a discussão destas questões que pode contribuir para se encontre um caminho para a estabilidade da região, e não tanto as discussões insistentes sobre quem tem direito ao quê, quem foram os primeiros a chegar e quem permaneceu durante mais tempo numa região que conheceu todo o tipo de povos, desde os cananeus passando pelos egípcios, filisteus, hebreus, gregos, romanos, árabes, etc. É de uma maior proficuidade que se olhe para o problema de uma outra forma, discutindo porventura o período de ocupação de territórios em 1967 e os acontecimentos dos últimos anos. Mas essencialmente, que se procure soluções de futuro, ao invés de se permanecer preso a um passado remoto, na ânsia de se justificar o presente.
Assim, os israelitas recordam a chegada das primeiras tribos hebraicas; lembram o tempo de David e Salomão e a cidade de Jerusálem como capital; evocam a ocupação Romana a consequente expulsão dos Judeus (grande diáspora). Já para não falar de conceitos mais vagos, como o da Terra Prometida. O povo palestiniano e os seus fervorosos apoiantes lembram que em 638 chegam os primeiros árabes muçulmanos e a sua permanência e domínio perduraram por séculos.
Hoje, com a incursão israelita em território palestiniano, designadamente na Faixa de Gaza, vem dar nova vida a quem olha demasiado para o passado mais remoto , tentando assim justificar um presente, em larga medida, incompreensível.
Existe, contudo, quem procure analisar os erros cometidos nos últimos anos, procurando também encontrar soluções para o problema. A propósito destas análises recomendo a leitura do artigo de Margarida Santos Lopes que pode ser encontrado no público online (http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1355479), em que são analisados alguns erros e oportunidades perdidas.
Entre estas análises, destaca-se a retirada unilateral ordenada por Ariel Sharon da Faixa de Gaza e a rejeição do actual Presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas como interlocutor e a forma como Gaza caiu nas mãos do Hamas; a hostilização do Hamas pela Administração Bush e pela comunidade internacional e as suspeições que recaiam sobre a Fatah que indiciava uma ligação forte entre este movimento e as autoridades americanas, a subida ao poder do Hamas e subsequente a que o povo de Gaza foi sujeito; as quebras sucessivas - de ambas as partes - do cessar-fogo e a possibilidade de uma vitória israelita em Gaza e destruição do Hamas poder deixar aquela região mergulhada no caos.
É a discussão destas questões que pode contribuir para se encontre um caminho para a estabilidade da região, e não tanto as discussões insistentes sobre quem tem direito ao quê, quem foram os primeiros a chegar e quem permaneceu durante mais tempo numa região que conheceu todo o tipo de povos, desde os cananeus passando pelos egípcios, filisteus, hebreus, gregos, romanos, árabes, etc. É de uma maior proficuidade que se olhe para o problema de uma outra forma, discutindo porventura o período de ocupação de territórios em 1967 e os acontecimentos dos últimos anos. Mas essencialmente, que se procure soluções de futuro, ao invés de se permanecer preso a um passado remoto, na ânsia de se justificar o presente.
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