O Presidente da Venezuela, que tantos admiradores tem em Portugal, voltou a dar mostras do seu melhor ao expulsar o embaixador americano na Venezuela. Ora, Chavéz segue assim o exemplo do caricato líder da Bolívia, Evo Morales, que fez o mesmo ao embaixador americano na Bolívia, desencadeando a natural reacção dos Estados Unidos. Além disso, Chávez recebeu ainda esta semana dois bombardeiros russos em seu território, naquilo que é visto como uma clara provocação de Chavéz e manifestação de força de Moscovo.
O mundo atravessa um período de grandes incertezas: as relações entre os Estados Unidos e a Rússia sofreram uma degradação sem precedente nas últimas duas décadas; do lado americano alinham os tradicionais aliados, com especial destaque para a União Europeia; do lado russo, aparecem países que pelas mais diversas razões não alinham com o Ocidente e procuram a todo o custo aparecer, mostrar ao mundo que existem. É o caso da Venezuela cuja existência seria anódina, não fosse a riqueza energética. E é este Estado que tem ido longe de mais – nem tão-pouco a retórica do Presidente venezuelano é a mais correcta, passando os limites do aceitável. O brejeiro Presidente venezuelano dá uma má imagem de si próprio e do país que representa ao mais alto nível ao dirigir-se ao povo americano nos termos em que se dirigiu.
O recrudescimento da preponderância da Rússia surge, de um modo geral, depois da Geórgia e da Ucrânia terem manifestado vontade de entrar na NATO. Além disso, a instalação de um escudo antimíssel dos EUA em território polaco é algo considerado como inaceitável pela Rússia. Por seu lado, este gigantesco país responde com uma invasão a um país soberano – a Geórgia – e utiliza ardilosamente os seus aliados para fazer frente aos americanos. É assim que Moscovo encontra em Chavéz um aliado de peso – tendo em conta a posição geo-estratégica da Venezuela.
A pouco mais de dois meses das eleições presidenciais americanas, tudo vai permanecer suspenso até ao dia em que os americanos tomarem a sua decisão. Podemos, todavia, estar certos do seguinte: os russos, coadjuvados pelo prosaico Hugo Chavéz, vão continuar a fazer frente aos EUA; a Administração Bush, enfraquecida e em final de mandato, não vai recuar um milímetro nas suas intenções de apoiar aqueles que pretendem fazer parte da NATO – o que, teoricamente, é legítimo. Pouco legítimo será invadir um país soberano, como a Rússia fez, e impedir a qualquer custo que países, mesmo seus vizinhos e que, no passado, fizessem parte do Pacto de Varsóvia, entrem para o clube da Aliança Atlântica.
O dia 4 de Novembro, dia das eleições norte-americanas, vai parecendo ter cada vez mais importância. Sarah Palin, a candidata republicana à Vice-Presidência, adepta de armas e da guerra, já veio mostrar aos americanos que, se for preciso, declarará guerra à Rússia – deixando muitos com a clara sensação de que não será preciso muito para tal acontecer.
Hugo Chavéz, por sua vez, vai continuar a presentear o mundo com os seus discursos brejeiros e desprovidos de conteúdo, enquanto se apresenta sob a capa da democracia, quando em muitos aspectos este líder temperamental tem muito pouco de democrata – a começar pelo mais inaceitável desrespeito por outro povo. Vai valendo ao Presidente venezuelano o petróleo que abunda neste território da América do Sul. Chavéz faria melhor figura se utilizasse os benefícios do petróleo para modernizar o país e criar condições para que as desigualdades fossem cerceadas, ao invés de passar o seu tempo a mostrar ao mundo os seus fracos dotes de oratória.
O mundo atravessa um período de grandes incertezas: as relações entre os Estados Unidos e a Rússia sofreram uma degradação sem precedente nas últimas duas décadas; do lado americano alinham os tradicionais aliados, com especial destaque para a União Europeia; do lado russo, aparecem países que pelas mais diversas razões não alinham com o Ocidente e procuram a todo o custo aparecer, mostrar ao mundo que existem. É o caso da Venezuela cuja existência seria anódina, não fosse a riqueza energética. E é este Estado que tem ido longe de mais – nem tão-pouco a retórica do Presidente venezuelano é a mais correcta, passando os limites do aceitável. O brejeiro Presidente venezuelano dá uma má imagem de si próprio e do país que representa ao mais alto nível ao dirigir-se ao povo americano nos termos em que se dirigiu.
O recrudescimento da preponderância da Rússia surge, de um modo geral, depois da Geórgia e da Ucrânia terem manifestado vontade de entrar na NATO. Além disso, a instalação de um escudo antimíssel dos EUA em território polaco é algo considerado como inaceitável pela Rússia. Por seu lado, este gigantesco país responde com uma invasão a um país soberano – a Geórgia – e utiliza ardilosamente os seus aliados para fazer frente aos americanos. É assim que Moscovo encontra em Chavéz um aliado de peso – tendo em conta a posição geo-estratégica da Venezuela.
A pouco mais de dois meses das eleições presidenciais americanas, tudo vai permanecer suspenso até ao dia em que os americanos tomarem a sua decisão. Podemos, todavia, estar certos do seguinte: os russos, coadjuvados pelo prosaico Hugo Chavéz, vão continuar a fazer frente aos EUA; a Administração Bush, enfraquecida e em final de mandato, não vai recuar um milímetro nas suas intenções de apoiar aqueles que pretendem fazer parte da NATO – o que, teoricamente, é legítimo. Pouco legítimo será invadir um país soberano, como a Rússia fez, e impedir a qualquer custo que países, mesmo seus vizinhos e que, no passado, fizessem parte do Pacto de Varsóvia, entrem para o clube da Aliança Atlântica.
O dia 4 de Novembro, dia das eleições norte-americanas, vai parecendo ter cada vez mais importância. Sarah Palin, a candidata republicana à Vice-Presidência, adepta de armas e da guerra, já veio mostrar aos americanos que, se for preciso, declarará guerra à Rússia – deixando muitos com a clara sensação de que não será preciso muito para tal acontecer.
Hugo Chavéz, por sua vez, vai continuar a presentear o mundo com os seus discursos brejeiros e desprovidos de conteúdo, enquanto se apresenta sob a capa da democracia, quando em muitos aspectos este líder temperamental tem muito pouco de democrata – a começar pelo mais inaceitável desrespeito por outro povo. Vai valendo ao Presidente venezuelano o petróleo que abunda neste território da América do Sul. Chavéz faria melhor figura se utilizasse os benefícios do petróleo para modernizar o país e criar condições para que as desigualdades fossem cerceadas, ao invés de passar o seu tempo a mostrar ao mundo os seus fracos dotes de oratória.
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