A ocupação chinesa do Tibete não parece ser causa de grande contestação para uma Europa encolhida sobre si mesma e uns Estados Unidos ainda à espera do fim do mandato de um Presidente que fez da acefalia uma forma de liderar a maior economia mundial. É neste contexto que a questão do Tibete vai paulatinamente saindo da ordem do dia. Até porque já não há quem tente apagar a tocha dos Jogos Olímpicos. O regime chinês, por sua vez, dá um ou outro sinal no sentido do diálogo e sossega as consciências do mundo Ocidental.
Mas o desrespeito pelos Tibetanos, pela sua cultura e pelas suas especificidades religiosas continua a existir e vai continuar, em particular depois dos Jogos Olímpicos, perante o silêncio de um Ocidente que passa demasiado tempo ocupado consigo mesmo.
Quando se questiona sobre as razões que levam um povo a insurgir-se contra o regime dominador, importa enfatizar que esse regime tudo faz para aniquilar as diferenças culturais e religiosas desse povo, desprovendo esse mesmo povo de uma identidade, recorrendo invariavelmente à força e à subjugação. Outro objectivo prende-se com predominância dos Han (etnia maioritária na China) no território do Tibete.
O regime chinês, obcecado pela rigidez e pelo controlo, características do despotismo, tudo vai fazer para continuar com a sua missão no Tibete – controlar os Tibetanos e submetê-los à ordem e a hábitos de subordinação. Afinal de contas, a China procura controlar esta região até porque não se trata da única a contestar o regime chinês (Xinjiang é outra dor de cabeça para as autoridades chinesas), e a existência de um precedente é encarado pelo Imperio do Meio como sendo potencialmente perigoso. O controlo e a subjugação são, portanto, palavras de ordem das autoridades chinesas que procuram desta forma manter a integridade territorial da China – já não basta a irreverência de Taiwan – e perpetuar a manutenção do status quo. A posição estratégico do Tibete é mais uma razão para assegurar a manutenção e controlo do território.
Entretanto, os Jogos Olímpicos vão decorrer num quadro de alguma contestação silenciada, na medida dos possíveis, pela China. Parte do mundo Ocidental vai esquecer gradualmente o problema do Tibete. O mesmo aconteceu com a Birmânia e continuará a acontecer com outras regiões do globo. Relembramo-nos agora da Birmânia devido ao ciclone que assolou o país e que matou um número ainda incerto de birmaneses, e quando assistimos incrédulos à resistência da ditadura militar em aceitar ajuda internacional. Tudo passa com o tempo, apenas fica uma vaga reminiscência de algo não está bem algures no mundo. Entretanto, os Tibetanos continuarão a lutar pelos seus direitos, mas sem o palco dos Jogos Olímpicos para dar visibilidade à sua causa.
Mas o desrespeito pelos Tibetanos, pela sua cultura e pelas suas especificidades religiosas continua a existir e vai continuar, em particular depois dos Jogos Olímpicos, perante o silêncio de um Ocidente que passa demasiado tempo ocupado consigo mesmo.
Quando se questiona sobre as razões que levam um povo a insurgir-se contra o regime dominador, importa enfatizar que esse regime tudo faz para aniquilar as diferenças culturais e religiosas desse povo, desprovendo esse mesmo povo de uma identidade, recorrendo invariavelmente à força e à subjugação. Outro objectivo prende-se com predominância dos Han (etnia maioritária na China) no território do Tibete.
O regime chinês, obcecado pela rigidez e pelo controlo, características do despotismo, tudo vai fazer para continuar com a sua missão no Tibete – controlar os Tibetanos e submetê-los à ordem e a hábitos de subordinação. Afinal de contas, a China procura controlar esta região até porque não se trata da única a contestar o regime chinês (Xinjiang é outra dor de cabeça para as autoridades chinesas), e a existência de um precedente é encarado pelo Imperio do Meio como sendo potencialmente perigoso. O controlo e a subjugação são, portanto, palavras de ordem das autoridades chinesas que procuram desta forma manter a integridade territorial da China – já não basta a irreverência de Taiwan – e perpetuar a manutenção do status quo. A posição estratégico do Tibete é mais uma razão para assegurar a manutenção e controlo do território.
Entretanto, os Jogos Olímpicos vão decorrer num quadro de alguma contestação silenciada, na medida dos possíveis, pela China. Parte do mundo Ocidental vai esquecer gradualmente o problema do Tibete. O mesmo aconteceu com a Birmânia e continuará a acontecer com outras regiões do globo. Relembramo-nos agora da Birmânia devido ao ciclone que assolou o país e que matou um número ainda incerto de birmaneses, e quando assistimos incrédulos à resistência da ditadura militar em aceitar ajuda internacional. Tudo passa com o tempo, apenas fica uma vaga reminiscência de algo não está bem algures no mundo. Entretanto, os Tibetanos continuarão a lutar pelos seus direitos, mas sem o palco dos Jogos Olímpicos para dar visibilidade à sua causa.
Comentários
São muitos milhões em jogo. O mundo ocidental (leia-se multinacionais) precisa mais da China do que o contrário.Enquanto o Tibete foi arma politica na Guerra Fria falaram nele e insurgiram-se, agora os amigos estão em Pequim e é preciso lembra-lhe o calcanhar de Aquiles mas sem os enfurecer muito. Que se ***** agora os Tibetanos. Money rules.
Um abraço ;)