A infâmia do regime chinês está bem patente na repressão ao povo tibetano e nas tentativas ignominiosas de esconder a triste realidade da sua política para o Tibete. É neste contexto que se inserem as ridículas imagens de jornalistas – autorizados a desempenharem as suas funções pelo regime chinês – a ouvirem e recolherem imagens de monges budistas no mais completo desespero, e o consequente condicionamento ao trabalho dos jornalistas. Igualmente fruto da infâmia deste regime inefável que lidera a China são as tentativas – genericamente bem sucedidas – de censurar tudo o que possa manchar a imagem da China.
O povo tibetano, que vive há mais de 50 anos sob o jugo de um regime sufocante e opressor, tem conseguido dar maior visibilidade à sua causa. Assim, a possibilidade de um boicote, embora merecido, poderia ser contraproducente, na precisa medida em que poderia retirar o valioso instrumento da visibilidade aos tibetanos. Pelo menos até ao final dos Jogos Olímpicos, a China andará nas bocas do mundo pelas piores razões.
De um modo geral, o Tibete é um exemplo gritante do que significa a verdadeira natureza do regime chinês, que, apesar de tudo, ainda colhe simpatias um pouco por todo o mundo, incluindo em, Portugal. Mas mesmo na China, o cenário não é significativamente melhor, quando se verifica que os direitos e liberdades dos cidadãos chineses são um mero pormenor sem importância para o partido todo-poderoso. A dissimulação, por sua vez, é um instrumento precioso para este regime totalitário – a pobreza, o desrespeito pelos direitos humanos, a coarctação das liberdades, a repressão e o autoritarismo são convenientemente escondidos do resto do mundo, com particular ênfase num momento importante como o dos Jogos Olímpicos.
No caso do Tibete, fica-se com um forte sentimento de não se saber toda a verdade, até porque o trabalho dos jornalistas é condicionado, quando não mesmo proibido. Fica, pois, a preocupação com um povo que quer dizer basta, mas vê-se limitado pela dimensão colossal do colonizador. Com efeito, é mesmo disso que se trata, de uma colonização e de um desrespeito inaceitável pelas idiossincrasias e especificidades de um povo que é obrigado a viver sob os ditames do regime chinês.
Paralelamente, a comunidade internacional parece não saber muito bem como abordar esta periclitante questão: por um lado, não quer ostracizar a China, seja por motivos económicos ou por razões de geopolítica; mas por outro, sente alguma dificuldade em resignar-se à situação, até porque a opiniões pública parece estar atenta ao que se passa no Tibete. Assim, não admira que surjam discursos, uns mais acutilantes do que outros, que manifestam algum desconforto, por parte de líderes internacionais. O Presidente Francês foi o último líder a manifestar o seu descontentamento de forma mais incisiva.
De qualquer forma, e pese embora a opinião pública internacional esteja particularmente atenta, o regime chinês dificilmente recuará na sua acção contra o povo tibetano. Por seu turno, as autoridades chinesas socorrer-se-ão, sempre que possível, da dissimulação e da mentira para salvarem a face. A organização dos Jogos Olímpicos merecia melhor sorte, mas pode servir os intentos de um povo cansado de tanta repressão e que almeja a liberdade e o respeito pelos seus direitos e pela sua cultura.
O povo tibetano, que vive há mais de 50 anos sob o jugo de um regime sufocante e opressor, tem conseguido dar maior visibilidade à sua causa. Assim, a possibilidade de um boicote, embora merecido, poderia ser contraproducente, na precisa medida em que poderia retirar o valioso instrumento da visibilidade aos tibetanos. Pelo menos até ao final dos Jogos Olímpicos, a China andará nas bocas do mundo pelas piores razões.
De um modo geral, o Tibete é um exemplo gritante do que significa a verdadeira natureza do regime chinês, que, apesar de tudo, ainda colhe simpatias um pouco por todo o mundo, incluindo em, Portugal. Mas mesmo na China, o cenário não é significativamente melhor, quando se verifica que os direitos e liberdades dos cidadãos chineses são um mero pormenor sem importância para o partido todo-poderoso. A dissimulação, por sua vez, é um instrumento precioso para este regime totalitário – a pobreza, o desrespeito pelos direitos humanos, a coarctação das liberdades, a repressão e o autoritarismo são convenientemente escondidos do resto do mundo, com particular ênfase num momento importante como o dos Jogos Olímpicos.
No caso do Tibete, fica-se com um forte sentimento de não se saber toda a verdade, até porque o trabalho dos jornalistas é condicionado, quando não mesmo proibido. Fica, pois, a preocupação com um povo que quer dizer basta, mas vê-se limitado pela dimensão colossal do colonizador. Com efeito, é mesmo disso que se trata, de uma colonização e de um desrespeito inaceitável pelas idiossincrasias e especificidades de um povo que é obrigado a viver sob os ditames do regime chinês.
Paralelamente, a comunidade internacional parece não saber muito bem como abordar esta periclitante questão: por um lado, não quer ostracizar a China, seja por motivos económicos ou por razões de geopolítica; mas por outro, sente alguma dificuldade em resignar-se à situação, até porque a opiniões pública parece estar atenta ao que se passa no Tibete. Assim, não admira que surjam discursos, uns mais acutilantes do que outros, que manifestam algum desconforto, por parte de líderes internacionais. O Presidente Francês foi o último líder a manifestar o seu descontentamento de forma mais incisiva.
De qualquer forma, e pese embora a opinião pública internacional esteja particularmente atenta, o regime chinês dificilmente recuará na sua acção contra o povo tibetano. Por seu turno, as autoridades chinesas socorrer-se-ão, sempre que possível, da dissimulação e da mentira para salvarem a face. A organização dos Jogos Olímpicos merecia melhor sorte, mas pode servir os intentos de um povo cansado de tanta repressão e que almeja a liberdade e o respeito pelos seus direitos e pela sua cultura.
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