O líder do PSD, Luís Filipe Menezes, foi genericamente acusado de apresentar medidas avulsas e inconsequentes. Vieram essas críticas a propósito da entrevista que o líder do PSD deu à SIC Notícias, em que explanou a sua proposta para retirar a publicidade à RTP. É curioso verificar que muitas das críticas a essa proposta vieram do interior do próprio PSD.
De facto, é impossível não verificar que o líder do PSD é afoito quando apresenta propostas ao país, mas as suas propostas perdem substância, consequência da sua incapacidade de fazer um enquadramento geral das suas políticas; na verdade, tem faltado muito ao PSD no sentido de fazer uma oposição credível ao Governo, e Luís Filipe Menezes, coadjuvado por Santana Lopes, têm-se desdobrado em enunciações de políticas avulsas, e rapidamente descartáveis. Primeiro foi a tirada da Constituição, mas nem se explicou o caminho nem o porquê de se pretender mexer na Constituição, depois foi a ideia do partido-empresa, e agora as alterações, ao nível da publicidade, na RTP.
A actual liderança do PSD tem manifestado uma acentuada inabilidade em mostrar ao país que tem um projecto alternativo ao Governo, e a generalidade do que é apresentado pela actual liderança soa a medida avulsa porque não existe um projecto para o país, não há um enquadramento. O problema do PSD nem é tanto a liderança bicéfala, ou o excesso de protagonismo do líder da bancada parlamentar, ou mesmo algum apagamento de Luís Filipe Menezes; o problema reside na inexistência de um projecto político exequível e credível – num contexto de alternativa à actual governação. A confusão de protagonismos, a divisão no seio no partido, as vozes críticas e o afastamento dos notáveis do partido, prejudicam inevitavelmente o partido. Todavia, tudo se agrava quando os cidadãos não vislumbram um projecto político credível, mas ao invés, percepcionam as dificuldades do partido e as tentativas de superar essas dificuldades recorrendo-se amiúde a ideias gastas, mal sustentadas e inconsequentes.
É indubitável que as críticas que se ouvem dentro do partido tornam toda a questão mais complexa. A actual liderança do PSD tem sido incapaz de unificar o partido – alguns militantes não se revêem na liderança de Menezes, e muitas vozes importantes simplesmente afastaram-se e silenciaram-se.
Infelizmente, não se antevê que até às próximas legislativas o actual estado de coisas sofra alterações substanciais, o que facilita a vida do primeiro-ministro e do PS. O país político vive entre a propaganda mal disfarçada do Governo e a miséria no campo das ideias do principal partido da oposição, rodeado ainda pela insignificância dos restantes partidos políticos que tentam sobreviver a escândalos e, nalguns casos, à falência ideológica. Este é o cenário político de um país cujos cidadãos perdem invariavelmente a pouca esperança que ainda tinham.
De facto, é impossível não verificar que o líder do PSD é afoito quando apresenta propostas ao país, mas as suas propostas perdem substância, consequência da sua incapacidade de fazer um enquadramento geral das suas políticas; na verdade, tem faltado muito ao PSD no sentido de fazer uma oposição credível ao Governo, e Luís Filipe Menezes, coadjuvado por Santana Lopes, têm-se desdobrado em enunciações de políticas avulsas, e rapidamente descartáveis. Primeiro foi a tirada da Constituição, mas nem se explicou o caminho nem o porquê de se pretender mexer na Constituição, depois foi a ideia do partido-empresa, e agora as alterações, ao nível da publicidade, na RTP.
A actual liderança do PSD tem manifestado uma acentuada inabilidade em mostrar ao país que tem um projecto alternativo ao Governo, e a generalidade do que é apresentado pela actual liderança soa a medida avulsa porque não existe um projecto para o país, não há um enquadramento. O problema do PSD nem é tanto a liderança bicéfala, ou o excesso de protagonismo do líder da bancada parlamentar, ou mesmo algum apagamento de Luís Filipe Menezes; o problema reside na inexistência de um projecto político exequível e credível – num contexto de alternativa à actual governação. A confusão de protagonismos, a divisão no seio no partido, as vozes críticas e o afastamento dos notáveis do partido, prejudicam inevitavelmente o partido. Todavia, tudo se agrava quando os cidadãos não vislumbram um projecto político credível, mas ao invés, percepcionam as dificuldades do partido e as tentativas de superar essas dificuldades recorrendo-se amiúde a ideias gastas, mal sustentadas e inconsequentes.
É indubitável que as críticas que se ouvem dentro do partido tornam toda a questão mais complexa. A actual liderança do PSD tem sido incapaz de unificar o partido – alguns militantes não se revêem na liderança de Menezes, e muitas vozes importantes simplesmente afastaram-se e silenciaram-se.
Infelizmente, não se antevê que até às próximas legislativas o actual estado de coisas sofra alterações substanciais, o que facilita a vida do primeiro-ministro e do PS. O país político vive entre a propaganda mal disfarçada do Governo e a miséria no campo das ideias do principal partido da oposição, rodeado ainda pela insignificância dos restantes partidos políticos que tentam sobreviver a escândalos e, nalguns casos, à falência ideológica. Este é o cenário político de um país cujos cidadãos perdem invariavelmente a pouca esperança que ainda tinham.
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