
Quando se fala em Médio Oriente, acaba-se invariavelmente por referir o conflito israelo-palestiniano, e quando assim é, não raras vezes insiste-se na radicalização de posições – ou se entende incondicionalmente o lado palestiniano ou se faz o mesmo com as razões israelitas. Esta é, claramente, uma questão complexa e que acarreta dificuldades nas possíveis soluções para o infindável conflito que parece separar indelevelmente israelitas e palestinianos.
É possível compreender os argumentos de uns e de outros, porém, não se pode aceitar, que para se atingir um determinado fim, se recorra ao terrorismo. Essa deverá sempre ser uma posição inexpugnável.
Se por um lado compreendemos a urgência de um Estado palestiniano, e um regresso às fronteiras de 1967; por outro, não se pode ignorar os constantes ataques terroristas de que o povo judaico é alvo, e mais: a intransigência de grupos palestinianos, como é o caso do Hamas, em aceitar a existência de um Estado israelita é um óbice à paz. Não se pode ser redutor quando se aborda esta intrincada questão, afirmando que os palestinianos vivem sob o jugo absoluto dos israelitas, com o beneplácito dos EUA, nem tão pouco se pode afirmar que os israelitas não fazem mais do que defender os seus cidadãos – o que em parte é verdade, mas que não exclui os erros cometidos em nome da defesa do Estado Israelita.
Da mesma forma, importa sublinhar que a solução para este conflito passa incontornavelmente pelo fim das dissensões internas, designadamente entre a Autoridade Palestiniana e o Hamas, e que o fim do recurso ao terrorismo é condição essencial para que se possa negociar.
É evidente que o conflito israelo-palestiniano serve para justificar as incongruências da política externa americana, o que, de facto, é legítimo – a política externa americana para o Médio Oriente tem sido pautada por erros e más avaliações. Contudo, se Israel não tivesse como aliado os EUA, a sua existência como país não seria permanentemente posta em causa, como hoje é feito de ânimo leve; simplesmente Israel, sem esse apoio, não existiria. O que não invalida ou justifica os erros cometidos tanto por israelitas como por americanos.
O antiamericanismo alimenta-se de uma interpretação radical e unilateral do conflito israelo-palestiniano. Ora, parece-me inevitável a concretização do projecto de um Estado palestiniano e um possível regresso às fronteiras de 1967. Ainda assim, é improvável a aceitação, por parte de grupos radicais, da existência incondicional do Estado hebraico, pelo menos enquanto o Hamas for uma realidade política com peso nas decisões palestinianas. De qualquer modo, quando o Estado palestiniano for uma realidade, o que restará àqueles que olham para uma subjugação do povo palestiniano pelos israelitas como argumento central no processo de diabolização dos EUA e de Israel?
É possível compreender os argumentos de uns e de outros, porém, não se pode aceitar, que para se atingir um determinado fim, se recorra ao terrorismo. Essa deverá sempre ser uma posição inexpugnável.
Se por um lado compreendemos a urgência de um Estado palestiniano, e um regresso às fronteiras de 1967; por outro, não se pode ignorar os constantes ataques terroristas de que o povo judaico é alvo, e mais: a intransigência de grupos palestinianos, como é o caso do Hamas, em aceitar a existência de um Estado israelita é um óbice à paz. Não se pode ser redutor quando se aborda esta intrincada questão, afirmando que os palestinianos vivem sob o jugo absoluto dos israelitas, com o beneplácito dos EUA, nem tão pouco se pode afirmar que os israelitas não fazem mais do que defender os seus cidadãos – o que em parte é verdade, mas que não exclui os erros cometidos em nome da defesa do Estado Israelita.
Da mesma forma, importa sublinhar que a solução para este conflito passa incontornavelmente pelo fim das dissensões internas, designadamente entre a Autoridade Palestiniana e o Hamas, e que o fim do recurso ao terrorismo é condição essencial para que se possa negociar.
É evidente que o conflito israelo-palestiniano serve para justificar as incongruências da política externa americana, o que, de facto, é legítimo – a política externa americana para o Médio Oriente tem sido pautada por erros e más avaliações. Contudo, se Israel não tivesse como aliado os EUA, a sua existência como país não seria permanentemente posta em causa, como hoje é feito de ânimo leve; simplesmente Israel, sem esse apoio, não existiria. O que não invalida ou justifica os erros cometidos tanto por israelitas como por americanos.
O antiamericanismo alimenta-se de uma interpretação radical e unilateral do conflito israelo-palestiniano. Ora, parece-me inevitável a concretização do projecto de um Estado palestiniano e um possível regresso às fronteiras de 1967. Ainda assim, é improvável a aceitação, por parte de grupos radicais, da existência incondicional do Estado hebraico, pelo menos enquanto o Hamas for uma realidade política com peso nas decisões palestinianas. De qualquer modo, quando o Estado palestiniano for uma realidade, o que restará àqueles que olham para uma subjugação do povo palestiniano pelos israelitas como argumento central no processo de diabolização dos EUA e de Israel?
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