A lei que proíbe fumar em locais públicos fechados tem tido a característica peculiar de trazer à discussão o fundamentalismo das opiniões. Tanto por parte de alguns fumadores, como por parte de quem não fuma, verifica-se todo o tipo de radicalismos. Quem fuma e não está satisfeito com a lei, recorre a argumentos que postulam a tese das liberdades dos fumadores, não obstante a colisão entre as liberdades de uns e as liberdades de outros. Quem não fuma está genericamente satisfeito com a lei, mas ao invés de se ficar por uma satisfação mais ou menos discreta, prefere recorrer a exercícios de exultação absolutamente desnecessários.
Sendo certo que a lei é, na sua generalidade, difícil de contestar, não é menos verdade que a aplicação da mesma não tem (ainda) permitido que os fumadores possam exercer um direito seu com o mínimo de dignidade, sem prejuízo de outrem. Não se pode tratar estes cidadãos de forma diferente, como se de repente, os mesmos deixassem de ter a mesma dignidade do que os outros. E mais: este tratamento desigual agrada a um conjunto de cidadãos a quem não chega respirar ar puro, é preciso também regozijar-se com as condições menos dignas em que os fumadores exercem um direito seu.
Ao invés de se procurar equilíbrios, sempre desejáveis, entre quem não fuma e quem fuma, designadamente através de pequenas alterações que permitam os fumadores poderem estar a salvo da chuva, por exemplo, prefere-se ignorar ou pior, exultar as condições menos dignas que têm sido impingidas aos fumadores.
De igual modo, tem-se assistido a uma divisão na sociedade portuguesa entre quem defende uma perspectiva e entre quem defende outra. Parece que somos incapazes de aceitar as alterações com normalidade, podendo eventualmente sugerir alterações ou recomendações, preferimos antes perder a sensatez fazendo amiúde observações descabidas. Senão vejamos: quando se olha para um conjunto de cidadãos que tem um determinado comportamento e se procura a todo o custo relegá-los para uma espécie de ostracismo, argumentando por exemplo, que os impostos pagos (neste caso do tabaco) por esses cidadãos devem ser elevados precisamente para o tratamento de doenças relacionadas com esse comportamento, está-se inadvertidamente a abrir um grave precedente: o mesmo se poderá então passar com a obesidade, com o consumo de álcool e por aí fora. Seria de uma enorme proficuidade que se recuperasse o bom senso e os tais equilíbrios entre os direitos de uns e os direitos de outros, sem prejuízo de ninguém.
Sendo certo que a lei é, na sua generalidade, difícil de contestar, não é menos verdade que a aplicação da mesma não tem (ainda) permitido que os fumadores possam exercer um direito seu com o mínimo de dignidade, sem prejuízo de outrem. Não se pode tratar estes cidadãos de forma diferente, como se de repente, os mesmos deixassem de ter a mesma dignidade do que os outros. E mais: este tratamento desigual agrada a um conjunto de cidadãos a quem não chega respirar ar puro, é preciso também regozijar-se com as condições menos dignas em que os fumadores exercem um direito seu.
Ao invés de se procurar equilíbrios, sempre desejáveis, entre quem não fuma e quem fuma, designadamente através de pequenas alterações que permitam os fumadores poderem estar a salvo da chuva, por exemplo, prefere-se ignorar ou pior, exultar as condições menos dignas que têm sido impingidas aos fumadores.
De igual modo, tem-se assistido a uma divisão na sociedade portuguesa entre quem defende uma perspectiva e entre quem defende outra. Parece que somos incapazes de aceitar as alterações com normalidade, podendo eventualmente sugerir alterações ou recomendações, preferimos antes perder a sensatez fazendo amiúde observações descabidas. Senão vejamos: quando se olha para um conjunto de cidadãos que tem um determinado comportamento e se procura a todo o custo relegá-los para uma espécie de ostracismo, argumentando por exemplo, que os impostos pagos (neste caso do tabaco) por esses cidadãos devem ser elevados precisamente para o tratamento de doenças relacionadas com esse comportamento, está-se inadvertidamente a abrir um grave precedente: o mesmo se poderá então passar com a obesidade, com o consumo de álcool e por aí fora. Seria de uma enorme proficuidade que se recuperasse o bom senso e os tais equilíbrios entre os direitos de uns e os direitos de outros, sem prejuízo de ninguém.
Comentários
PS: Sonia: Não percebi essa da floresta!