
A Palestina, já aqui se escreveu, encontra-se dividida: de um lado, Gaza, controlada pelo Hamas, de outro, a Cisjordânia controlada pela Fatah do presidente da Autoridade Palestiniana Mahmoud Abbas. Parece existir intenções por parte dos EUA e de Israel de isolarem Gaza e o Hamas com o objectivo de enfraquecer inexoravelmente o Hamas – considerado grupo terrorista pelos EUA e por Israel. O apoio incondicional da comunidade internacional, designadamente EUA, UE, e Rússia, à Autoridade Palestiniana consubstancia-se num apoio de natureza política, mas também financeira. Percebe-se que a estratégia de enfraquecer o Hamas passa pelo fortalecimento da Autoridade Palestiniana.
Esta estratégia concertada entre EUA e Israel acarreta os seus riscos, em particular no que diz respeito à não tão remota possibilidade de Gaza se transformar num reduto de terroristas alimentado pelo mais feroz radicalismo de índole islâmica. A oportunidade de paz terá de se traduzir num isolamento do Hamas, na libertação de Gaza e na erradicação do fundamentalismo nos territórios palestinianos. Contudo, será difícil alcançar este objectivo sem ajuda internacional – talvez de alguns países vizinhos. Ainda assim, considero muito remota a possibilidade de se erradicar o radicalismo num território pobre, lotado, cuja população não tem quaisquer perspectivas de futuro.
Quando se discute a génese do radicalismo nesta região do Médio Oriente poder-se-á evocar um vasto conjunto de razões, desde o ódio a Israel, passando pela subserviência dos palestinianos perante o poderio israelita, acabando nas influências de agendas mais ou menos radicais de países como o Irão ou a Síria; porém, não devemos ignorar que os problemas de desemprego, de pobreza, de profundo mal-estar social dão, seguramente, origem a radicalismos fundados no mais gritante desespero. Por conseguinte, poderá ser um equívoco grave pretender isolar Gaza, se isso for feito à custa das populações.
Não deixa, todavia, de serem válidas as condições para o regresso à mesa das negociações com o objectivo de se alcançar a paz:
1 – Desde logo é fundamental que os territórios palestinianos não sofram cisões. Urge uma reconciliação imediata dos territórios. Gaza e Cisjordânia não podem continuar separadas sob pena de se inviabilizar, por completo, a criação de um Estado palestiniano;
2 – Erradicação do radicalismo, em particular, do Hamas. Israel tem recusado quaisquer negociações com um Governo do Hamas, não é, pois, possível encetar negociações a solo. O radicalismo incendeia as populações e não permite a construção de Estado palestiniano que possa co-existir com Israel;
3 – Fortalecimento do Governo de Mahmoud Abbas, com a preciosa ajuda de um primeiro-ministro determinado.
4 – Cerceamento das dificuldades do povo palestiniano e estabelecimento de uma data para a criação do futuro Estado palestiniano
5 – Acordos entre Israel e a Palestina quanto às suas divergências sobre os territórios, designadamente sobre Jerusálem
6 – Empenho de toda a comunidade internacional, que não se pode esquecer da sua responsabilidade nesta amálgama de sangue e violência que perdura há mais de 50 anos
De qualquer modo, o bom senso dos políticos aliado à ânsia que os povos – palestinano e israelita – têm de viver em paz são condições determinantes para a paz. Contudo, nunca é demais sublinhar que o radicalismo não tem espaço nesta equação que redundará na paz entre povos.
Não deixa, todavia, de serem válidas as condições para o regresso à mesa das negociações com o objectivo de se alcançar a paz:
1 – Desde logo é fundamental que os territórios palestinianos não sofram cisões. Urge uma reconciliação imediata dos territórios. Gaza e Cisjordânia não podem continuar separadas sob pena de se inviabilizar, por completo, a criação de um Estado palestiniano;
2 – Erradicação do radicalismo, em particular, do Hamas. Israel tem recusado quaisquer negociações com um Governo do Hamas, não é, pois, possível encetar negociações a solo. O radicalismo incendeia as populações e não permite a construção de Estado palestiniano que possa co-existir com Israel;
3 – Fortalecimento do Governo de Mahmoud Abbas, com a preciosa ajuda de um primeiro-ministro determinado.
4 – Cerceamento das dificuldades do povo palestiniano e estabelecimento de uma data para a criação do futuro Estado palestiniano
5 – Acordos entre Israel e a Palestina quanto às suas divergências sobre os territórios, designadamente sobre Jerusálem
6 – Empenho de toda a comunidade internacional, que não se pode esquecer da sua responsabilidade nesta amálgama de sangue e violência que perdura há mais de 50 anos
De qualquer modo, o bom senso dos políticos aliado à ânsia que os povos – palestinano e israelita – têm de viver em paz são condições determinantes para a paz. Contudo, nunca é demais sublinhar que o radicalismo não tem espaço nesta equação que redundará na paz entre povos.
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