O PSD esteve praticamente sem liderança, até agora. Rui Rio, Presidente do Partido, reduzido ou ao disparate ou até mesmo à insignificância, parece ter acordado agora para uma realidade que lhe é manifestamente desfavorável. Rio mostra-se mais combativo nos debates televisivos, mesmo que ocasionalmente conte com adversários que julgam colher dividendos nas indefinições e nas subsequentes contradições, como é o deputado do PAN, André Silva.
No entanto, o arranque de Rio será tardio. O líder do PSD não conta com uma imagem favorável junto da opinião pública, por um lado, e, por outro, não tem o partido verdadeiramente do seu lado. De resto, há quem aguarde com ansiedade pela queda de Rio, uma óbvia inevitabilidade. Só falta saber a real dimensão dos estragos.
Seja como for, e com o destino traçado, apesar deste arranque, Rio coze em lume brando, enquanto o partido aguarda por uma nova liderança, longe da social-democracia de que todos apreciam falar. Seja como for, o que aí vem, para o lugar de Rui Rio, será incomensuravelmente pior.
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