A postura do Presidente brasileiro no que diz
respeito à ditadura militar que manchou o Brasil de sangue entre 1964 e
1985 ultrapassa largamente os limites da decência, sobretudo quando as
vítimas e familiares dessas vítimas têm que ouvir os desaforos desta
inefável criatura.
Entre as muitas asneiras que saem
profusamente da boca do Presidente, destaca-se o revisionismo histórico
atirado para cima de uma das vítimas da ditadura - o filho de um homem
que foi torturado e assassinado. Esse filho é hoje Bastonário da Ordem
dos Advogados brasileiros. A crueldade subjacente à postura e às
palavras de Bolsonaro é inacreditável.
Paralelamente,
perante os documentos que narram o terror da ditadura, Bolsonaro afirma
ser "blablabla". Isto para além de procurar descredibilizar a Comissão
da Verdade cuja missão é precisamente investigar os crimes cometidos
pela ditadura..
O blablabla do Presidente para além de ser
estranha e tristemente pueril, é demonstrativo de uma postura que não
só despreza as vítimas da ditadura como a apoia, como de resto já foi
manifestado pelo próprio, reiteradamente antes de ser Presidente.
Percebe-se claramente que não existe qualquer diferença entre Jair
Bolsonaro, deputado federal até quase à eternidade, e Jair Bolsonaro
Presidente do Brasil. O blablabla do Presidente é o grau zero da
decência.
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