O Príncipe Carlos terá passado mais de hora e meia a
falar de alterações climáticas com Donald Trump que, por sua vez, terá
contribuído para a conversa com acusações a países como a China ou a
Índia, mostrando ignorância, má diplomacia e, sobretudo, um desprezo
inacreditável pelo problema das alterações climáticas. De resto, dedicou
mais tempo a questões etimológicas e semânticas sobre a expressão
"alterações climáticas", "Clima extremo" e "Aquecimento global".
O
mais inquietante é que o planeta já não se pode dar ao luxo de perder
tempo com a inépcia, o egoísmo ou a senilidade de quem deveria estar na
linha da frente no combate ao problema e que, ao invés, representa mais
um problema, particularmente grave.
Trump, Bolsonaro e
afins dão o mais negativo contributo possível porque não só perdem tempo
como contribuem directamente para o agravamento do problema com a
adopção de políticas anacrónicas que se traduzem no aumento de subsídios
ao fóssil e a destruição da Amazónia.
O desprezo de Trump
junto do Príncipe Carlos é uma das piores notícias, não porque exista
qualquer esperança que aquele monólito mude de opinião, mas porque se
percebe que tudo vai piorar, aproximando-nos vertiginosamente do ponto
de não retorno.
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