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Passos Coelho juntou-se à festa

Passos Coelho juntou-se à festa da campanha, mas a festa é triste. Passos Coelho juntou-se à festa e apenas deixou um rasto de tristeza. E a festa é triste porque as sondagens não são animadoras; a festa é triste porque existe a ameaça do PSD ficar-se pelo pior resultado de sempre em eleições europeias; a festa é triste porque os principais intervenientes são medíocres; a festa é triste, e como se tudo não fosse já suficientemente desolador, ainda chamam Passos Coelho, aquela figura dickensiana que ninguém quer ter na festa, para animar as hostes. Um fantasma do passado que muitos querem esquecer.
É evidente que existe uma razão lógica para o aparecimento do fantasma do passado: a necessidade de consolidar o apoio das bases. O cenário desenhado pelas sondagens já por si é inquietante, mas a possibilidade de um enfraquecimento nas bases é um verdadeiro pesadelo.
Assim, Passos Coelho e Paulo Portas aparecem para dar o seu apoio aos candidatos, regurgitando um ou outro lugar comum, mas sobretudo lembrando um passado que muitos querem esquecer.
Passos Coelho e Paulo Portas juntaram-se às respectivas festas, mas não trouxeram alegria com eles, apenas amargura e a lembrança de um passado tenebroso.

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