Joe Berardo, enaltecido e louvado por classe financeira e
política, respondeu jocosamente às perguntas colocadas pelos deputados,
representantes escolhidos pelo povo. Sem respeito e sem qualquer espécie
de pudor, Berardo, comendador, mostrou o quão fácil é bater no fundo, e
não não terá sido o empresário a bater no fundo, mas todos nós enquanto
sociedade que, de uma forma ou de outra validamos, este género de
personagens e este sistema que as premeia.
É deplorável
assistir ao enxovalhamento de deputados nas fagimeradas comissões de
inquérito. Em rigor, Berardo não inaugurou uma nova era, limitou-se a ir
mais além nesse enxovalhamento de deputados e por conseguinte dos
portugueses. Berardo foi mais longe porque, sem vergonha, pôs a nu
fragilidade de um sistema financeiro ao serviço dos chicos-espertos
endinheirados e influentes, que não se coíbe de pedir dinheiro aos
contribuintes e clientes para benefício dos Berardos deste país.
De facto, batemos no fundo: a putativa elite deste país mete dó.
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