É particularmente arriscado decretar esta campanha para as eleições europeias como sendo a pior de sempre, mas se não chegar a ser, andará muito perto.
É também evidente que nem todos os candidatos ao Parlamento Europeu são responsáveis pela mediocridade reinante. Existem excepções, sendo que algumas, infelizmente, não podem contar com a visibilidade que lhes é merecida e que a democracia impõe.
No entanto, e de um modo geral, os candidatos ao Parlamento Europeu mostram não ter uma ideia para a Europa e centram amiúde a discussão na política interna, longe, muito longe das questões europeias.
Um bom exemplo dessa mediocridade reinante é a campanha encabeçada por Nuno Melo, candidato pelo CDS, que, para além de não ter uma só ideia sobre a Europa (talvez por ser um dos eurodeputados que menos gostará do Parlamento Europeu, a julgar pelas ausências), confunde tudo e o seu contrário. É neste contexto que se compreende a exibição, por parte do ainda eurodeputado, de uma fotografia de António Costa com José Sócrates.
Esta forma de fazer política para além de ficar aquém do que aquilo que uma criança de 5 anos seria capaz de fazer, apenas contribui para que os cidadãos percam a fé na classe política.
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