A Nova Zelândia foi alvo de um ataque terrorista de
extrema-direita. A primeira-ministra Jacinda Ardern não correu para os
microfones apenas para mostrar a consternação habitual, ou a
incapacidade de fazer o que quer que seja (tão característica da
Administração Obama) ou a defesa de proliferação de armas (apanágio dos
inefáveis Trump e Bolsonaro). A primeira-ministra da Nova Zelândia
anunciou a proibição da venda de armas semiautomáticas que, na verdade, é
particularmente difícil de explicar, ou dito por outras palavras: qual a
razão da venda deste tipo de armamento? Não há nenhuma razão válida.
Paralelamente,
a primeira-ministra, adoptou desde a primeira hora um tom sensato, sem
cair em demagogias fáceis, ignorando olimpicamente o autor do atentado,
ao ponto de nem sequer proferir o seu nome. Mais, o Governo que conta
com uma população que ela própria, em parte, entregou voluntariamente as
armas, decidiu impor limitações à compra de armas de fogo em geral.
Tudo
isto nos separa da selvajaria; tudo isto separa os Trumps e Bolsonaros
deste mundo daqueles que são, de modo muito singelo, civilizados.
Acresce que as medidas preconizadas e executadas pela Nova Zelândia são
muito mais eficientes no que diz respeito a uma das funções essenciais
do Estado: a defesa dos seus cidadãos. Para além de tudo isto nos
separar da selvajaria é uma lição que infelizmente Trump e Bolsonaro,
encerrados na mais gritante obtusidade, jamais aceitarão ou aprenderão.
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