A questão central, no que diz respeito ao poder presidencial venezuelano, passou a ser de que lado nos encontramos, se do lado de Maduro, se do lado do auto-proclamado Presidente Guaidó. A questão, por muito redutora que possa ser, passou a ser essa, com acusações de partidos como o PSD e o CDS aos partidos mais à esquerda. O PS está naturalmente do lado do Governo e do lado de Guaidó, tanto mais que entrou no rol de países a reconhecer o auto-proclamado Presidente.
Acaba por ser o Bloco de Esquerda, pela voz de Marisa Matias, a colocar algum bom senso na questão, afirmando estar o Bloco do lado de António Guterres e das Nações Unidas, ou seja ao lado de ninguém, nem do ditador, nem do auto-proclamado Presidente Guaidó, desprovido de qualquer legitimidade.
De resto, parece claro e a democracia assim o dita, que só existe uma solução para o problema venezuelano: eleições presidenciais. Ninguém clama que este será um compromisso fácil de aceitar, mas ficarmos de um lado ou de outro em nada ajuda a chegar-se a alguma espécie de compromisso.
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