Que confusão que vai na cabeça de Manuel Luís Goucha. Desde
já, jamais me passaria pela cabeça a possibilidade de escrever umas
linhas evocando Manuel Luís Goucha, sem ofensa para a pessoa em questão.
Por outro lado, jamais me passou pela cabeça que um canal de televisão
convidasse Mário Machado, entre outras coisas, condenado por um
homicídio, motivado pelo racismo, entre uma multiplicidade de outros
crimes ignóbeis. Mas foi isso que aconteceu num programa da manhã da TVI
conduzido por Manuel Luís Goucha.
E como se isso não fosse suficientemente inquietante, eis que o apresentador de programas matinais da TVI procura justificar o injustificável, espalhando-se ao comprido numa incomensurável confusão. Talvez fosse pertinente apresentá-lo ao já por aqui enunciado paradoxo da tolerância de Karl Popper que postula que a tolerância ilimitada - tão do agrado de democratas como Goucha - provoca o enfraquecimento e desaparecimento da própria tolerância. Popper afirma que não podemos alargar essa tolerância ilimitada até aos que fazem a apologia da intolerância, devendo, ao invés, "declarar, em nome da tolerância, o direito de não tolerar o intolerante". Goucha considera que aquela "foi uma oportunidade de ouro para confrontar argumentos e ideias. Chama-se a isso viver em democracia". O que nos vale a todos são estas lições de Goucha sobre o que é a democracia, lições que tornam os Popper deste mundo irrelevantes.
Consequentemente, esperemos que Goucha nos continue a guiar no sentido certo, pelo menos até ao dia em que aqueles a quem ele dá voz (arautos da intolerância) lhe tiraram a sua, entre outras coisas.
E como se isso não fosse suficientemente inquietante, eis que o apresentador de programas matinais da TVI procura justificar o injustificável, espalhando-se ao comprido numa incomensurável confusão. Talvez fosse pertinente apresentá-lo ao já por aqui enunciado paradoxo da tolerância de Karl Popper que postula que a tolerância ilimitada - tão do agrado de democratas como Goucha - provoca o enfraquecimento e desaparecimento da própria tolerância. Popper afirma que não podemos alargar essa tolerância ilimitada até aos que fazem a apologia da intolerância, devendo, ao invés, "declarar, em nome da tolerância, o direito de não tolerar o intolerante". Goucha considera que aquela "foi uma oportunidade de ouro para confrontar argumentos e ideias. Chama-se a isso viver em democracia". O que nos vale a todos são estas lições de Goucha sobre o que é a democracia, lições que tornam os Popper deste mundo irrelevantes.
Consequentemente, esperemos que Goucha nos continue a guiar no sentido certo, pelo menos até ao dia em que aqueles a quem ele dá voz (arautos da intolerância) lhe tiraram a sua, entre outras coisas.
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