Bolsonaro, irmão? Nem no meu pior pesadelo. Mas foi deste modo que o recém-empossado Presidente brasileiro foi classificado pelo Chefe de Estado português, Marcelo Rebelo de Sousa, que ainda acrescentou que "entre irmãos o que há a dizer diz-se rápido como se diz em família.", concluindo dizendo que "a reunião foi muito boa",
Reunir-se com quem cospe nos Direitos Humanos já é pouco abonatório para Marcelo e, por inerência, para Portugal, mas enfim, compreende-se levando em consideração os laços que unem os países, agora apelidar um ditador assumido de irmão é ir longe de mais, caindo num exercício de bajulação barata sem hipótese de resultar, o dito Bolsonaro quer-se deitar com o Donald (Trump) e com o Benjamim (Netanyahu), não há espaço na cama para Marcelo.
Por outro lado, com que cara é que o Presidente Marcelo pede seriedade e credibilidade aos políticos portugueses e bajula um dos maiores populistas à face da terra, ainda para mais um dos tais que não esconde a sua excitação doentia com o pior do fascismo?
Irmãos? Não. Chame-lhe o que quiser - há muito por onde escolher - mas não se chame de irmão quem se propõe cuspir na Declaração Universal dos Direitos Humanos enquanto se diverte a desflorestar a Amazónia.
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