A Administração Trump não conta, nem contará no futuro, com
qualquer adjectivação apreciativa. Ainda assim, não parece haver limites
para a actuação quer de Trump, quer da sua família, num registo de
perfeito nepotismo.
Agora foi a vez da também ela inefável
Melania Trump, mulher do Presidente americano. A primeira-dama exigiu a
demissão de um alto cargo da Administração, a n.º 2 do conselho de
Segurança Nacional. Segundo a imprensa americana, Melania não se dava
bem, já há algum tempo, com a n.º 2 do conselho de Segurança Nacional. A
consequência é, logicamente na cabeça daquela gente que ocupa a Casa
Branca, o afastamento da pessoa em questão.
Para além de
tudo o mais, trata-se de um amadorismo num contexto próximo do
absolutismo a que algumas monarquias nos habituaram em tempos idos.
Instalada que está a ditadura do quero, posso e mando, resta muito pouco
para completar este quadro de desastre absoluto.
E com
este exercício de nepotismo e amadorismo, fica de fora, uma vez mais,
qualquer oportunidade desta Administração de se centrar no essencial: na
política. De resto, estes exercícios e outras idiotias servem
precisamente o intento de não se falar do essencial: das medidas
políticas da Administração Trump, desde logo porque se se falasse dessas
medidas, o Presidente seria obrigado a desdobrar-se em explicações, o
que o obrigaria a ter de proferir duas ou três frases gramaticalmente
correctas para explanar o seu pensamento político - uma impossibilidade,
como se sabe.
Assim, na era dos imbecis na política, resta os exercícios destes amadores para encher páginas de jornais e afins.
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