O país já conhece o Orçamento de Estado 2018 e a oposição
ainda não decidiu exactamente para que lado se virar. Todos repetem o
mesmo: "orçamento eleitoralista" e obtusidades como aquela que postula
que o OE 2018 faz lembrar os orçamentos do tempo de José Sócrates, não
se percebendo exactamente se se referem ao período de tempo subsequente à
crise de 2008 e em que a política europeia foi expansionista durante
perto de um ano ou a outro período. Enfim, de qualquer modo for a
comparação é absurda, não merecendo sequer qualquer comentário alongado.
O
Governo de António Costa, que contou mais ou menos com a participação
dos parceiros desta solução, elaborou um documento que vem na linha dos
anteriores: alguma, mas parca, reposição de rendimentos, designadamente
com aumentos nas pensões e salários, mitigação da precariedade, muito
longe ainda assim do que seria necessário, e algumas operações de
cosmética que dão a impressão de investimento em áreas como a Saúde e
Educação. Na verdade, pouco mudará de substancial.
Trata-se de
mais um orçamento a prometer muito e a traduzir-se efectivamente por
muito pouco. À semelhança dos anteriores. Por conseguinte, falar em
eleitoralismo ou pior, estabelecer paralelismos com orçamentos
apresentados no tempo de José Sócrates só pode ser o resultado da
confusão que grassa pelos partidos de oposição, deixando-os
verdadeiramente perdidos e sem rumo. Rui Rio que o diga.
Comentários