O
que dizer quando parte da mediocridade salta fora do barco? O resto
da mediocridade fica mais pobre ou mais rica sem essa parcela de
mediocridade que a abandonou? Estas questões retóricas servem para
se pensar a saída de Santana Lopes do PSD. Sim, ele por ali ainda
andava, apesar de andar a ameaçar a criação de um outro partido
liberal há muito tempo, há demasiado tempo.
Assim,
o ex-candidato à liderança do PSD, em carta, crítica a aproximação
do PSD ao PS e deixa-se de ameaças, saltando fora do partido.
Este
abandono terá provavelmente como consequência a tal criação de um
novo partido liberal que, segundo algumas sondagens, conta com menos
2 por cento das intenções de voto dos eleitores.
Santana
Lopes é um resistente: resiste às derrotas, resiste à mudança dos
tempos, mas não resiste à tentação de criar um partido que tenha
o seu rosto, apenas o seu rosto,
Em
resumo, a notícia não surpreende nem constituí sequer motivo de
preocupação na perspectiva da actual liderança do PSD. Ele anda
por aí – isso já todos sabemos. Ele é um animador desta silly
season – isso ficámos agora a saber.
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