Finalmente podemos respirar de alívio, Ricardo Robles
demitiu-se, permitindo desse modo que a política e os políticos possam
permanecer limpos e inocentes. Agora sim, podemos dizer que a política é
um mundo sadio e justo, sobretudo depois de se ter afastado um elemento
conspurcado pelos negócios, pasme-se! - negócios com uma irmã. Que
sacrilégio.
Muito devemos agradecer a partidos como o PSD - paladino dos bons costumes - o afastamento de elementos que dão mau nome à política porque a conspurcam; muito devemos a partidos como o PSD que dão um contributo essencial para a limpeza do cenário político. O que seria do país se não fossem estes justiceiros, estes super-heróis sem capa, invariavelmente coadjuvados por uma comunicação social que prefere claramente os casos como aquele de Robles do que os submarinos de Portas?
Muito devemos agradecer a partidos como o PSD que fazem o favor de nos lembrar que para se ser de esquerda importa ser pobre, ou pelo menos parecer. Muito devemos agradecer ao PSD por trazer à luz do dia as suas próprias contradições, reclamando para si o exclusivo dos negócios sombrios, fazendo sempre aquela proeza de estabelecer uma destrinça entre duas éticas, sem alguma vez proferir o termo "ética", como se a mera palavra queimasse. E louvado seja o PSD por explorar tão bem um sentimento que nos é tão familiar: a inveja.
Muito devemos agradecer a partidos como o PSD - paladino dos bons costumes - o afastamento de elementos que dão mau nome à política porque a conspurcam; muito devemos a partidos como o PSD que dão um contributo essencial para a limpeza do cenário político. O que seria do país se não fossem estes justiceiros, estes super-heróis sem capa, invariavelmente coadjuvados por uma comunicação social que prefere claramente os casos como aquele de Robles do que os submarinos de Portas?
Muito devemos agradecer a partidos como o PSD que fazem o favor de nos lembrar que para se ser de esquerda importa ser pobre, ou pelo menos parecer. Muito devemos agradecer ao PSD por trazer à luz do dia as suas próprias contradições, reclamando para si o exclusivo dos negócios sombrios, fazendo sempre aquela proeza de estabelecer uma destrinça entre duas éticas, sem alguma vez proferir o termo "ética", como se a mera palavra queimasse. E louvado seja o PSD por explorar tão bem um sentimento que nos é tão familiar: a inveja.
Comentários