Depois
da detenção de cinco dirigentes independentistas, uma detenção
que incluiu Jordi Turull, o candidato à presidência da Generalitat,
agora foi a vez do próprio Carles Puigdemont. Já na semana passada
também 13 independentistas foram acusados de rebelião pelo Supremo
Tribunal - recorde-se que estes 13 independentistas estiveram
envolvidos na organização do referendo soberanista.
Carles
Puigdemont já se havia afastado da liderança da Generalitat, facto
pouco relevante para as autoridades espanholas, que através de um
mandato internacional conseguiram finalmente a sua detenção. Quem
estava na frente para o suceder também já tinha sido também
detido.
Mariano
Rajoy sempre se manifestou apologista da repressão, rejeitando a
possibilidade de diálogo. Rajoy um líder inusitadamente débil,
conta no entanto com o isolamento internacional da causa
independentista, designadamente com uma Europa confusa, amedrontada
pela sua sombra disforme e presa aos interesses económicos.
Resta
assim um líder espanhol, a coberto de leis anacrónicas que
pretendem aniquilar a vontade dos povos, sem diálogo e apenas
através da repressão e transformando invariavelmente uma questão
política num problema de justiça. Existem prisões políticas na
UE? Há quem diga que sim.
De
resto, a Catalunha não é o único particular onde repressão vinga,
em Espanha há quem cumpra penas de prisão por delito de opinião. A
liberdade de expressão também não escapa à sanha persecutória
dos herdeiros do fascismo.
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