Pedro Passos Coelho que já tinha avançado que sairia da liderança do PSD, volta a partir corações, desta feita com o anúncio de que abandonará também o Parlamento. Resta saber se já haverá quem esteja a preparar a despedida.
Pesaroso com o facto de não ter chegado a um segundo mandato, isto porque a democracia funciona, o ainda líder do PSD mostrou-se invariavelmente incapaz de ultrapassar a sua condição: líder do PSD e deputado.
Depois de ter contribuído decisivamente para a vinda da troika - facto convenientemente esquecido -, Passos Coelho escolheu o pior dos caminhos: uma austeridade que postulou sacrifícios incomensuráveis para trabalhadores e pensionistas e o recrudescimento de potenciais negócios, numa espécie de eldorado para as empresas e suspeitos do costume.
Agora confrontado com a dura realidade (fora do Governo e na sombra dos sucessos do actual Executivo) Passos Coelho sai de cena, uma verdadeira inevitabilidade, sem no entanto fechar definitivamente a porta da política, infelizmente.
Dir-se-á que, à semelhança de outros que também passaram pela política, rapidamente esqueceremos Passos Coelho. Talvez não. Na verdade o país ainda hoje está a pagar a factura das suas políticas, seja com a destruição dos serviços públicos, seja com as privatizações. Passos Coelho partilha com José Sócrates uma característica: ambos são difíceis de esquecer porque as suas acções ainda habitam o presente.
Seja como for, a questão mais premente permanece: estará alguém a preparar a despedida de Passos Coelho? Existem razões que justificam a uma festa... de despedida, mas ainda assim uma festa.
Comentários
Não sei onde está a relevância da saída de PPC...
O que aconteceu e onde está António José Seguro?
ou mesmo Carlos Carvalhas?
ou João Semedo?
trata se de politica....