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E agora Pedro? Ainda existe aquela vontade de rir

Mário Centeno é o novo Presidente do Eurogrupo - órgão que reúne os ministros das Finanças dos Estados-membros da Zona Euro e cujo papel é cada vez mais relevante na governação da economia, uma espécie de filho do Conselho Europeu e primo do Ecofin. Como já se referiu a importância do Eurogrupo tem-se tornado cada vez mais relevante, sobretudo depois das humilhações que visaram a Grécia.
Dito por outras palavras, a presidência deste órgão é de particular importância e o facto do ministro das Finanças português ter sido escolhido para a sua presidência não é caso de somenos importância, como alguns em Portugal insistem em afirmar, Marques Mendes que o diga.
Recorde-se que na primeira intervenção de Centeno no Parlamento, Passos Coelho, cheio de azia por não ocupar o lugar de primeiro-ministro, fartou-se de rir jocosamente. O gozo pretendia minorar a importância de Centeno e esconder a tal azia. Seja como for, ficaram as imagens do ex-primeiro-ministro que nunca sorria, rir-se de Mário Centeno. Rir até as lágrimas lhe invadirem o rosto.
Agora que Centeno é Presidente do Eurogrupo, com apoios de países como a Alemanha e de França, impõe-se novamente as questões: E agora? Já não há vontade de rir? Como é que se sente agora, depois de anos a bajular a Alemanha? E como é que está a tal azia? Cresceu exponencialmente? E como é engolir tanto sapo? Não provocará também essa quantidade incomensurável de sapos uma azia difícil de suportar?

Outra questão e esta verdadeiramente importante prende-se com a posição de Portugal e até que ponto a eleição de Centeno não vincula o país ainda mais ao diktat alemão, perdão, europeu.

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