Avançar para o conteúdo principal

Ainda Jerusalém

Quando crítico o reconhecimento de Jerusalém, feito pelo inefável Trump, como sendo capital de Israel não o faço com a intenção de defender a tese que postula que essa cidade deve ser a capital da Palestina que, diga-se de passagem, nem tem reconhecimento como Estado por parte de Israel. A cidade de Jerusalém não pode ser considerada a capital do que quer que seja.
No âmbito das reivindicações, como escolhemos fundamentar a tese de que Jerusalém pertence a um ou a outro povo? Qual dos livros escolhemos para fundamentar a quem pertence Jerusalém? A Bíblia, designadamente o Antigo Testamento, mais concretamente o Pentateuco, mais concretamente a história da Terra Prometida - Canãa, prometida a Abraão e aos seus descendentes? Ou preferimos basear a nossa tese na história do Rei David, o mesmo que venceu o gigante Golias? Ou opta-se ainda pela versão do Corão, a história que indica que o Profeta ascendeu ao paraíso a partir de Jerusalém? Qual tem mais validade? E Cristo não tem voto na matéria? Jerusalém não lhe diz nada?
Pessoalmente fico-me pela fundamentação assente nas resoluções das Nações Unidas, designadamente a resolução 478 do Conselho de Segurança das Nações Unidas que se opõe a Jerusalém como capital de Israel, um texto em que se incentiva os membros da ONU a retirar as suas missões diplomáticas de Jerusalém. Como base de fundamentação tenho uma inclinação maior para o direito internacional do que propriamente para histórias de livros sagrados ou até para histórias de outra natureza que remetem para um passado demasiadamente longínquo.
Resumindo e com base no direito internacional, Jerusalém não pode ser considerada capital do Estado israelita ou de qualquer outro Estado. As pretensões israelitas ou até eventualmente palestinianas no que toca ao estatuto da Jerusalém não deverão ser atendidas. Será essa explicação e fundamentação suficiente? Ou ainda faltará alguma coisa para perceber?

Comentários

osátiro disse…
Boa tarde.
Maomé NUNCA esteve em Jerusalém. andou sempre muito ocupado entre meca e medina e arredores a assaltar caravanas, roubar, matar, sequestrar...e violar meninas....isto é HISTÓRIA!..não é invenção. NUNCA atravessou o imenso deserto entre aquela zona da arábia e Jerusalém..
na história do islamismo, Jerusalém só recentemente assumiu importância...há vários estudiosos que atestam isso....se perguntarem ao povo analfabeto e intoxicado do Afeganistão, Paquistão, bangla desh, etc..obviamente, não dizem isso....aliás, as manifestações de raiva e ira anunciadas foram um bluff.......turquia, iraque, siria, irão, norte de áfrica......NÃO SE VIRAM MILHARES NAS RUAS....nem na palestina...
significativo é que nas conversações de "paz", mesmo em oslo, a OLP sempre quis que Jerusalém este fosse a sua capital....ninguém fez barulho...exceto Israel.....e agora?
o nome Jerusalém é semelhante em quase todas as línguas..menos em árabe.....NÃO TEM NENHUMA SEMELHANÇA.....desde há cerca de 3 mil anos, todos pronunciam mais ou menos igual..só em árabe, NÃO.....mesmo agora....
sobre a subida do pedófilo, violador, assassino, ladrão, traficante sexual de mulheres Maomé ao céu, ( UM INSULTO À INTELIGÊNCIA DE QUEM É CRENTE!!!!) ele não "subiu" sozinho: ESTAVA SENTADO NUM CAVALO....
aliás na rocha dentro da mesquita de al aqsa ""nota-se"" o lugar onde estavam as patas do cavalo..(rsrsrrsrsrsrsrssrrsrs)
então o cavalo tb subiu ao céu??? tb tinha 72 éguas virgens á espera dele?
francamente...
e ainda falam no Pai Natal.......looool

Mensagens populares deste blogue

Saídas para os impasses

As últimas semanas têm sido pródigas na divulgação de escândalos envolvendo o primeiro-ministro e as suas obrigações com a Segurança Social e com o Fisco. Percebe-se que os princípios éticos associados ao desempenho de funções políticas são absolutamente ignorados por quem está à frente dos destinos do país - não esquecer que o primeiro-ministro já havia sido deputado antes de se esquecer de pagar as contribuições à Segurança Social. A demissão está fora de questão até porque o afastamento do cargo implica, por parte do próprio, um conjunto de princípios que pessoas como Passos Coelho simplesmente não possuem. A oposição, a poucos meses de eleições, parece preferir que o primeiro-ministro coza em lume brando. E com tanta trapalhada insistimos em não discutir possíveis caminhos e saídas para os impasses com que o país se depara. Governo e oposição (sobretudo o Partido Socialista) agem como se não tivessem de possuir um único pensamento político. Assim, continuamos sem saber o que...

Fim do sigilo bancário

Tudo indica que o sigilo bancário vai ter um fim. O Partido Socialista e o Bloco de Esquerda chegaram a um entendimento sobre a matéria em causa - o Bloco de Esquerda faz a proposta e o PS dá a sua aprovação para o levantamento do sigilo bancário. A iniciativa é louvável e coaduna-se com aquilo que o Bloco de Esquerda tem vindo a propor com o objectivo de se agilizar os mecanismos para um combate eficaz ao crime económico e ao crime de evasão fiscal. Este entendimento entre o Bloco de Esquerda e o Partido Socialista também serve na perfeição os intentos do partido do Governo. Assim, o PS mostra a sua determinação no combate à corrupção e ao crime económico e, por outro lado, aproxima-se novamente do Bloco de Esquerda. Com efeito, a medida, apesar de ser tardia, é amplamente aplaudida e é vista como um passo certo no combate à corrupção, em particular quando a actualidade é fortemente marcada por suspeições e por casos de corrupção. De igual forma, as perspectivas do PS conseguir uma ma...

Outras verdades

 Ontem realizou-se o pior debate da história das presidenciais americanas. Trump, boçal, mentiroso, arrogante e malcriado, versus Biden que, apesar de ter garantido tudo fazer  para não cair na esparrela do seu adversário, acabou mesmo por cair, apelidando-o de mentiroso e palhaço.  Importa reconhecer a incomensurável dificuldade que qualquer ser humano sentiria se tivesse que debater com uma criança sem qualquer educação. Biden não foi excepção. Trump procurou impingir todo o género de mentiras, que aos ouvidos dos seus apoiante soam a outras verdades, verdades superiores à própria verdade. Trump mentiu profusamente, até sobre os seus pretensos apoios. O sheriff de Portland, por exemplo, já veio desmentir que alguma vez tivesse expressado apoio ao ainda Presidente americano. Diz-se por aí que Trump arrastou Biden para a lama. Eu tenho uma leitura diferente: Trump tem vindo a arrastar os EUA para lama. Os EUA, nestes árduos anos, tem vindo a perder influência e reputação ...