Para celebrar dois anos de Governo, o PS escolheu as piores opções, todas elas com cheiro a demagogia e a artificialidade, com especial destaque para a sessão de perguntas e respostas, previamente congeminadas e sem um laivo de originalidade.
A forma atabalhoada como o PS escolheu celebrar os dois anos de Governo revela a incapacidade deste partido no que diz respeito à comunicação - facto particularmente penalizador para um partido político.
Este é, aliás, talvez o maior problema do Partido Socialista - não tem uma estratégia de comunicação, nem protagonistas para executarem essa estratégia. A excepção parece ser Pedro Nuno Santos.
De qualquer modo a comunicação é, amiúde, enviesada, manipulada e mais não é do que pura propaganda, descaradamente. De resto, o facto dos inquiridores terem sido pagos nem é o que ficará na memória das pessoas, mas sim o facto de que, globalmente, o PS é um desastre em matéria de comunicação.
Em contrapartida, o Bloco de Esquerda que faz parte desta solução de Governo que completou agora dois anos, pode dar lições de comunicação ao PS, com protagonistas que sabem comunicar directamente com os cidadãos, sem rodeios e com conteúdo. Aliás e por falar em lições, o Bloco deu outra lição, desta feita no Parlamento e por ocasião da aprovação do Orçamento de Estado,e a propósito da honra associada à palavra dada, coisa que terá sido esquecida pelo Partido Socialista que meteu os pés pelas mãos na votação da sobretaxa nas renováveis.
O Bloco reforça a ideia de que o PS necessita imperiosamente dos contributos e dos acordos com os partidos mais à esquerda, não apenas para o sucesso da chamada geringonça, mas para menorizar as suas próprias falhas. No entanto, há uma complementaridade que o PS não pode esquecer ou menosprezar, sob pena de comprometer o seu próprio futuro.
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