O
Orçamento de Estado (OE)
2018
já
é conhecido e pode ser, de forma talvez abusivamente sucinta,
caracterizado pelo alívio fiscal nos rendimentos do trabalho e num
aumento de impostos em produtos como o açúcar, sal, automóveis,
tabaco, etc. Paralelamente é possível verificar que existirá
alguma reposição de rendimentos retirados pelo anterior Governo.
Os
partidos de esquerda, procurando conservar a sua personalidade, não
se comprometem com este OE, esperando-se alguma margem por parte do
PS para negociar com estes partidos.
Relativamente
aos partidos de direita, Maria Luís Albuquerque, que ocupou o cargo
de ministra das Finanças, considera que o OE segue uma “estratégia
errada”, classificando-o como uma oportunidade perdida. Recorde-se
que estas são palavras proferidas por quem empobreceu o país, a
coberto da troika, e que se pudesse teria ido ainda
mais
longe nesse empobrecimento, enquadrado numa espécie de
neoliberalismo à
moda do burgo -
um misto de ideologia neoliberal e de indisfarçável mediocridade.
Estas são palavras proferidas por quem fazia da miséria uma
estratégia. A estratégia.
O
CDS, pela voz da sua líder, Assunção Cristas, procurou assentar a
sua argumentação no aumento de impostos que é contemplado pelo
Orçamento de Estado, um aumento que incide sobre o tabaco, açúcar,
sal ou automóveis. Patético e paradigmático de uma total ausência
de ideias por parte deste partido que ainda assim vai conquistando
votos ao PSD.
Assim
sendo, a boa notícia o desaparecimento político, expectável, da
ex-ministra das Finanças Maria Luís Albuquerque, e a má notícia
prende-se com a manutenção de Cristas à frente dos destinos do
CDS. Mantendo-se assim o inexorável vazio de ideias.
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