"Enquanto fui ministra não houve uma tragédia de grandes proporções"... isso e pode ser que chova. Rezemos.
Percebe-se
que Assunção Cristas se sente galvanizada com os resultados obtidos
em Lisboa; compreende-se que Cristas se sinta satisfeita por ninguém
falar de Paulo Portas; compreende-se ainda que a líder do CDS
encontre particular felicidade no facto de, perante o quase vazio de
poder no PSD e face ao enfraquecimento do maior partido de direita, o
seu próprio partido tenha vindo a sentir um novo alento. Mas não
resistir a tanta demagogia sobretudo em tempos difíceis não a
engrandece como a ex-ministra da Agricultura e afins poderá pensar.
Enquanto
foi ministra o seu Governo aplicou cortes nas florestas e incrementou
a plantação de eucalipto com as consequências que todos
conhecemos, e nos intervalos rezava para que chovesse.
Agora,
emproada na bancada da oposição, sente que vale tudo para deitar o
Governo abaixo e sente sobretudo que este seria o melhor momento para
que isso acontecesse: tem do seu lado os resultados positivos das
autárquicas, a par de um PSD em gestão, à espera de um novo líder.
Assunção
Cristas procura assim brilhar, o mais que conseguir. A demagogia,
aplicada em tempos difíceis, é instrumento de políticos medíocres,
mas à falta de melhor serve. Entretanto e se tudo se complicar,
designadamente com o PSD a recuperar o seu espaço, reza-se para
minimizar os estragos. Por enquanto é saborear os acontecimentos e
esperar que todos se continuem a esquecer de Paulo Portas, rei dos
submarinos e da demagogia.
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