Passos
Coelho não chega a fazer propriamente frente ao rei do azedume no
PSD: Cavaco Silva que embora tenha falado há mais de uma semana, por
ocasião da Universidade de Verão do PSD, deixou todo um rasto de
azedume que parece persistir ainda hoje.
Passos
Coelho bem tenta ultrapassar aquele que foi outrora seu chefe, Cavaco
Silva, mas é difícil - o grau de azedume do ex-Presidente da
República é incomensurável e na verdade é na mediocridade que
Passos Coelho e Cavaco Silva se encontram ao mesmo nível.
Pouco
interessa que a voz azeda de Cavaco Silva seja uma raridade; à mesma
soma-se a de Passos Coelho e a de meia-dúzia de apaniguados.
Todavia, a realidade do país não parece ter relevância para o
ex-Presidente - uma realidade que destruiu o seu manancial de
profecias apocalípticas; nem tão-pouco fará caso do coro de
críticas da comunicação social estrangeira que visaram
precisamente o ex-Presidente da República, o rei do azedume.
Passos
Coelho bem que tenta chegar aos calcanhares de Cavaco, sobretudo
desde as famigeradas eleições de 2015 - as mesmas que deram uma
lição de ciência política e da própria Constituição da
República Portuguesa àquele que inacreditavelmente foi
primeiro-ministro. Afinal os acordos no Parlamento fazem diferença,
toda. A maior lição que alguém que, na qualidade de representante
político, poderia ter aprendido. Mas nada disso aconteceu. Não só
Passos Coelho não aprendeu a lição, como, na ausência de
discurso, entregou-se em absoluto ao azedume. Afinal de contas, teve
um bom mestre e essa foi uma lição que aprendeu.
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