Donald Trump, afundado em baixas taxas de popularidade, arredado de qualquer espécie de estado de graça, procura manobras com o objectivo de desviar as atenções da sua curta presidência ruinosa. E nem nesse sentido Trump consegue ser bem sucedido. Agora foi a vez de apontar o dedo a Obama, acusando o anterior Presidente americano de o ter colocado sob escuta. Provas? Nenhumas. Na realidade alternativa onde Trump e o seu séquito habitam não são necessárias quaisquer provas para fundamentar o que quer que seja, quanto mais uma acusação com a gravidade daquela que visa Barack Obama.
De resto, na ausência de provas fica a teoria da conspiração tão apelativa aos apoiantes de Trump, verdadeiros apaixonados pelos factos alternativos. Pese embora se trate de uma acusação ridícula, Trump lá vai conseguindo depositar a dúvida nas cabeças mais ocas.
Esta acusação feita de madrugada, através do twitter, revela desespero por parte de uma Administração encabeçada por alguém que não faz a mínima ideia do que é ser Presidente dos EUA. Por muito absurda que seja, a acusação está feita e será comprada por aqueles que não acreditam que o anterior Presidente fosse mesmo americano e outras asneiras similares.
O desespero desta Administração degenera, para já, nas teorias mais absurdas de conspiração. Resta, no entanto, saber, como é que será possível aguentar isto durante quatro anos. E quando o desespero escalar? O que se segue? Uma estratégia também ela mais grave? Uma guerra? Uma resposta a um hipotético atentado terrorista? O que tudo isto demonstra - a pouco mais de um mês da tomada de posse - é que este é Presidente disposto a muito para se manter no poder, desviando as atenções do desastre que a sua Administração significa para os EUA e para o mundo.
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